Criminologia EmÁudio: Teorias Criminológicas em Espécie - Escola de Chicago (Parte 2)
Olá, meu amigo! Tudo em cima? Preparado para mais um EmÁudio sobre as teorias criminológicas em espécie? Me acompanhe.
Vamos começar nossa aula conversando sobre a teoria das janelas quebradas, do inglês "The Broken Windows theory". Originada nos Estados Unidos, a teoria das janelas quebradas foi cunhada pelos criminologistas da Universidade de Harvard, James Wilson e George Kelling apresentando um vínculo peculiar entre desordem, descaso e delinquência. Para entender a conclusão, é necessário conhecer as pesquisas empíricas que inspiraram a teoria hora estudada.
Vamos lá? Experimento realizado em 1969 por Philip Zimbardo, psicólogo da Universidade de Stanford. Para o experimento, foram utilizados dois locais: um bairro de classe pobre, Bronx, Nova York, e outro considerado de alto padrão, Palo Alto, Califórnia. Em ambos colocaram um veículo com a tampa do motor aberta. Em pouco tempo, o veículo foi completamente depredado no Bronx por vândalos, enquanto que em Palo Alto, o veículo permaneceu intacto. Antes que alguns concluíssem de forma limitada e precipitada que a criminalidade estava vinculada apenas à classe social de cada região, Zimbardo quebrou uma das janelas do veículo até então preservado que havia estacionado em Palo Alto. Com isso, poucas horas após a janela ter sido quebrada, o veículo foi completamente destruído por pessoas que por ali passavam.
Eaí turma! Qual é a conclusão disso? A conclusão foi de que, com o exemplo de algo que está abandonado, haverá o recado subliminar de ausência de vigilância, de abandono, gerando, por conseguinte, a sensação de impunidade. Nesse sentido, pessoas que só não praticam crimes por receio da punição passam a não mais enxergar obstáculos para praticarem suas vontades. Com isso, o que a teoria das janelas quebradas apresenta para a segurança pública é a ideia de que a tolerância de delitos menores, aplicando, por exemplo, medidas alternativas ao invés de pena, acaba por estimular os criminosos a praticarem delitos cada vez mais graves e violentos. Logo... Ler mais