Criminologia EmÁudio: Teorias Criminológicas em Espécie - Teoria da Associação Diferencial da Aprendizagem ou da Social Learning (Parte 5)
E aí meu caro amigo, vamos aprender mais um pouco? Nesse EmÁudio continuaremos estudando as teorias criminológicas em espécie. Então, foco e vem comigo!
Você já ouviu falar da teoria da subcultura delinquente? Eu te apresento a ela. Essa teoria, turma, foi formulada pelo sociólogo norte-americano Albert K. Cohen, em especial com a publicação da obra Delinquent boys apontando pela existência de uma chamada subcultura correspondendo por uma espécie de cultura inferior inserida em outra cultura, esta sim predominante. Tem origem nos Estados Unidos da América, pois, logo após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos alcançava expressivo crescimento econômico e tecnológico. A partir daí houve naturalmente um aumento da erosão da divisão de classes sociais, pois com o crescimento das grandes metrópoles houve naturalmente um afastamento das periferias, além do aumento da divisão entre as classes ricas, cada vez mais ricas, aliás, com a revolução industrial e classes menos favorecidas, cada vez mais pobres.
Tal teoria vincula o aumento da criminalidade com o crescimento da população menos favorecida, sem acesso ao que seria considerado cultura de qualidade, daí o título: Teoria da subcultura delinquente. A chamada subcultura até reconhece a existência e os valores da cultura dominante, porém acaba por colocar em prática os próprios valores que, por vezes, acaba por se traduzir na prática de crimes.
Vamos ver um exemplo, então turma? Exemplos da subcultura delinquente nos Estados Unidos: gangues de delinquência juvenil em bairros localizados nas periferias das grandes cidades, tribos de pichadores e membros de facções criminosas em bairros afastados. A luta dos negros norte-americanos por direitos civis nos anos sessenta, demonstrando a não acessibilidade por direitos em alguns setores sociais e, portanto, da existência de uma subcultura e por aí vai.
Jovem , é importante você saber que, segundo Cohen, a subcultura delinquente se caracteriza por três fatores:
a) Não-utilitarismo, quer dizer, muitos delitos não possuem motivação racional. Um exemplo disso: alguns jovens furtam roupas que não irão usar.
b) Malícia da conduta. Prazer em prejudicar o próximo. Um exemplo é a temorização que gangues fazem em jovens que não a integram.
c) Negativismo da conduta, ou seja, oposição aos padrões predominantes na sociedade. Um exemplo é a pichação de muros como demonstração de rebeldia, sabe?
Mas essa teoria foi criticada, meu caro. E a crítica recaiu sobre a sua incapacidade de explicar a criminalidade como um todo de forma genérica, restringindo-se às manifestações da delinquência juvenil e em classes menos favorecidas. Tranquilo? Conseguiu entender? Vamos em frente.
Teoria da Anomia ou Estrutural Funcionalista
Anomia, turma, possui origem grega, significando ausência de lei, a ausência e nomos lei, servindo para a sociologia criminal para apresentar a ideia de que, diante do fracasso dos meios regulares de proteção social, quer dizer ,descrédito na certeza da punição, por exemplo, bem como o descrédito das normas e dos valores sociais, será possível se atingir um estado de completo abandono das regras de convívio social. Anarquia, importando na chamada anomia.
Apesar de ser espécie de teoria de consenso ante seu caráter estrutural funcionalista, a teoria da anomia possui predicados marxista... Ler mais