Comércio Internacional EmÁudio: Comércio Internacional EmÁudio: Teorias do Comércio Internacional: Teoria das Vantagens Comparativas
No áudio passado estudamos sobre a teoria das vantagens absolutas. Agora vamos falar sobre outra teoria, a teoria das vantagens comparativas. Preparados?
A teoria das vantagens comparativas, desenvolvida por David Ricardo, justifica o comércio internacional mesmo quando um país for mais eficiente na produção de todos os bens, ou seja, mesmo que tenha vantagens absolutas em todos os bens considerados.
Para Ricardo, o comércio internacional se justifica mesmo quando um país não possua vantagens absolutas em relação a outros, visto que não é o princípio da vantagem absoluta que possibilita o comércio, mas as vantagens comparativas.
Mas o que seria a vantagem comparativa? São as diferenças de produtividade de diferentes bens, considerando o custo de oportunidade. O custo de oportunidade considera aquela velha escolha que temos que fazer e os países também, analisando aquilo que devemos abrir mão para obter outro item. No caso de países, abrir mão de se produzir determinado bem para focar a produção em outro bem mais vantajoso.
Para Ricardo, os países deveriam se especializar em bens nos quais tivessem vantagens comparativa e adquirir os demais bens no mercado externo a um preço inferior. Considerando o fator trabalho ao que seria na produção interna. Vamos a um exemplo de vantagens comparativas.
Imagine dois países novamente, mas dessa vez um verde e um vermelho. No país verde, para produzir um quilo de queijo é necessária uma hora de trabalho. E para produzir um litro de vinho, são necessárias duas horas de trabalho.
Já no país vermelho, para produzir um quilo de queijo, são necessárias seis horas de trabalho. E para produzir um litro de vinho, são necessárias três horas de trabalho. Percebe-se que o país verde é mais eficiente, tanto na produção de queijo quanto na produção de vinho.
Considerando a teoria das vantagens absolutas, não haveria comércio entre os países. Entretanto, ainda assim o comércio internacional pode ocorrer, considerando a teoria das vantagens comparativas.
Ainda que o país verde seja mais eficiente na produção de queijo e vinho, esse país é mais eficiente na produção de carne do que de batata. Aqui entra o conceito de custo de oportunidade. Conceito esse que não foi utilizado expressamente por Ricardo em sua teoria, mas que lhe dá fundamento. Funciona assim: repare que preferível que o país verde abra a mão de produzir vinho para utilizar sua mão de obra para produzir e... Ler mais