Auditoria EmÁudio: Riscos de Auditoria
Olá, amigos, bem-vindos a mais um áudio. Veremos conceitos muito importantes para o nosso curso, então aumentem o som. Concentrem-se e vamos lá.
Primeiramente, devemos ter em mente que o auditor, ao realizar uma auditoria, deve obter a chamada "asseguração razoável", ou seja, ele não será obrigado a identificar a totalidade dos erros existentes nas atividades auditadas, apenas deverá obter uma "asseguração razoável".
Isso ocorre pois a auditoria é um trabalho complexo, que envolve a aplicação de sofisticados procedimentos. Logo, entende-se ser inevitável que haja um certo grau de risco de que erros ou irregularidades existentes não sejam totalmente detectados durante o processo.
Assim, a chamada avaliação dos riscos baseia-se em procedimentos de auditoria para obtenção de informações necessárias para uma finalidade e obtenção de evidências ao longo de toda a auditoria. Note que a avaliação dos riscos é, antes, uma questão de julgamento profissional do que é uma questão passível de mensuração precisa.
udo bem até aqui? Bom, agora é importante entendermos o conceito de risco de auditoria. Para isso, vamos usar um exemplo. Vamos supor que o auditor aplica seus testes de auditoria e emite um relatório concluindo que não há distorções relevantes nas demonstrações contábeis, enquanto, na verdade, existem sim distorções relevantes, mas o auditor não conseguiu as identificar. Portanto, nessa situação ocorreu o chamado risco de auditoria.
Note que o risco de auditoria nada mais é do que o risco de o auditor expressar uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. Perceba que o conceito de risco de auditoria está muito relacionado com a opinião do auditor, entendeu?
Segundo a NBC, dois cem. O risco de auditoria é uma função dos chamados riscos de distorção relevante e risco de detecção. Você precisa saber diferenciar os conceitos de todos esses riscos. Então, vamos aos conceitos. Preste atenção.
O chamado risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Esse risco consiste em dois componentes: o risco inerente e o risco de controle. Risco inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação a uma distorção que possa ser relevante individualmente ou em conjunto com outras distorções, pressupondo que não haja controles relacionados.
Perceba que o risco inerente é um conceito que não considera a atuação ou a existência do controle interno, muito menos da auditoria. Risco inerente existe pela simples existência do processo ou da entidade a ser auditada. Ou seja, não estamos falando em controle e em auditoria, estamos falando em palavras didáticas, é da simples hipótese de existirem distorções.
Já o risco de controle é o risco de que uma distorção relevante possa ocorrer e não ser evitada ou mesmo detectada e corrigida em tempo hábil por controles internos relacionados. Em palavras simples, se... Ler mais