Red - Módulo

CNU Revisão

Olá, seja bem-vindo(a)!

Este curso é uma revisão e um resumo para o Concurso Nacional Unificado (CNU). Vamos começar o Módulo 04!

Vamos começar?

MÓDULO 04 

Diversidade e Inclusão na Sociedade

Resumão CNU 2025: Conteúdo específico (blocos de 1 a 7) com a jornalista Cláudia Jones aqui no EmÁudio Concursos Muito bem, entramos no nosso módulo 4, indo aqui pra diversidade e inclusão na sociedade. O 4.1, a gente já começa falando da diversidade de sexo, gênero, sexualidade, diversidade étnico racial e cultural. E essa primeira aula aqui, ela trata desse tema que é essencial pra quem deseja atuar no serviço público de forma ética, de forma inclusiva, de forma respeitosa, com a diversidade da sociedade brasileira, diversidade e inclusão. Vamos começar do comecinho? Primeiro, a palavra diversidade, o que é diversidade? Ela se refere à existência de diferentes identidades, culturas, formas de viver, pensar, sentir e existir. Já a inclusão significa reconhecer essas diferenças e garantir direitos iguais, respeitando as especificidades de cada grupo. Ou seja, não basta tolerar, é preciso garantir acesso, pertencimento e equidade. No setor público, esse debate ainda é muito mais relevante. O servidor público, lida com diferentes grupos sociais e seu atendimento precisa ser livre de discriminação, preconceito ou invisibilização. E mais, isso não é só uma questão moral ou ética, é um dever legal previsto na Constituição Federal de 1988 no artigo 5º. O que que traz esse artigo? Ele garante a igualdade de todos perante a lei.E também o artigo 3º, que trata dos objetivos fundamentais da República, como promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Vamos falar sobre diversidade de sexo, gênero e sexualidade, vamos lá!O sexo biológico é a designação atribuída no nascimento, masculino, feminino ou intersexo, com base em características biológicas. O gênero, por outro lado, gênero é uma construção social, é a forma como a sociedade espera que uma pessoa se comporte com base no sexo atribuído, por exemplo, mulher usa rosa, homem usa azul. Isso é um estereótipo de gênero. Já a sexualidade, ela diz respeito à orientação afetiva e sexual, heterossexualidade, homossexualidade, bissexualidade, pansexualidade, entre outras. Agora é muito importante! Gênero e sexualidade não são a mesma coisa. Você pode ser uma mulher cisgênera, lésbica, ou um homem trans, hétero. Tudo isso está dentro da diversidade humana. No serviço público, a discriminação com base em gênero ou orientação sexual pode configurar crime e deve ser combatida com formação, protocolos e empatia. O STF em 2019, equiparou a LGBT fobia, né, ao crime de racismo, tá no ADO 26 IMI 4.733, o que significa que práticas discriminatórias contra pessoas LGBTQIA+, são inconstitucionais e puníveis. E a diversidade étnico racial?Bem, você já sabe que o Brasil é marcado por uma grande diversidade étnico racial, temos a maior população negra fora da África, uma vasta presença de povos indígenas e comunidades tradicionais, como os quilombolas, né.A diversidade étnico racial está relacionada à identidade, história, ancestralidade e resistência desses grupos. Segundo o IBGE 2022, mais da metade da população brasileira se declara preta ou parda. Mas esse grupo ainda enfrenta desigualdades no acesso à educação, saúde, emprego e representação política. Ações afirmativas, como as cotas raciais em concursos públicos, por exemplo, Lei número 12.990 de 2014, buscam corrigir desigualdades históricas. Essa lei garante 20% das vagas em concursos públicos para candidatos negros, quando houver 3 ou mais vagas, é o princípio da isonomia material, previsto na Constituição Federal de 88, que trata de tratar os desiguais de forma desigual na medida das suas desigualdades, como explicou Aristóteles, né, e que inspirou o artigo 5º da Constituição e toda a lógica dos direitos fundamentais.E a diversidade cultural?O Brasil é um dos países mais culturalmente diversos no mundo, a diversidade cultural inclui modos de vida, crenças, saberes, línguas, práticas artísticas e religiosas. Isso inclui, por exemplo, culturas indígenas, saberes quilombolas, festas religiosas afro brasileiras, dialetos regionais, práticas rurais e urbanas distintas. A Constituição Federal protege essa diversidade, o artigo 215 estabelece que o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional. Já o artigo 216 define o patrimônio cultural como os bens materiais e imateriais que expressam a identidade dos grupos sociais brasileiros. Isso significa que o servidor público precisa atuar de forma respeitosa com essa pluralidade, sem impor um padrão único de cultura ou comportamento. Vamos falar sobre a conexão com o serviço público. Você, futuro servidor, deve atender com respeito e escuta ativa todos os cidadãos, independentemente de sua identidade, evitar piadas, julgamentos ou frases preconceituosas, denunciar e não compactuar com discriminação dentro do órgão público, apoiar políticas de formação continuada sobre diversidade. O servidor público é agente de transformação social, seu papel vai além da burocracia, é ser um instrumento de equidade. Então, nessa aula, nós vimos: Diversidade e inclusão são valores constitucionais e legais;Sexo, gênero e sexualidade são dimensões diferentes da identidade humana;A diversidade étnico racial é protegida por leis e ações afirmativas;A diversidade cultural é patrimônio nacional, conforme a Constituição Federal de 88;O servidor público tem responsabilidade ética e legal de atuar com respeito às diferenças. Eu acho que você entendeu esse conteúdo e se você quiser fixar mais, respira fundo e anota:Tratar com respeito e equidade é dever do servidor público. Nós vamos para a próxima aula daqui a pouquinho, no próximo áudio, que é o tópico 4.2 do nosso edital, desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados, ok?Continue aqui no EmÁudio com a gente, hein! Resumão CNU 2025 no EmÁudio Concursos.

01 -  Diversidade de Sexo, Gênero, Sexualidade, Diversidade Étnico-Racial e Cultural

Resumão CNU 2025: Conteúdo específico (blocos de 1 a 7) com a jornalista Cláudia Jones aqui no EmÁudio Concursos Olá, tudo bem?Olha, nesse áudio, nós vamos abordar o subtópico 4.2 - Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados. Bora pra mais uma aula essencial, para quem quer trabalhar com o público de forma justa e consciente? Hoje o papo é bem sério, né, vamos entender os principais desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados. Mas calma que eu explico tudo devagar, com exemplos, pra você gravar direitinho para o dia da prova que está chegando, né. Claro, para sua futura atuação no serviço público.O que seriam grupos vulnerabilizados? São aqueles que, por fatores sociais, econômicos, históricos ou culturais, têm acesso desigual a direitos, oportunidades e políticas públicas. É muito importante vulnerabilizados e não vulneráveis, a forma verbalizada, ela mostra que a exclusão é resultado de ações ou omissões da sociedade e do Estado, não algo inerente ao indivíduo. A Constituição Federal de 1988 trata disso de forma clara no artigo 3º, inciso III. Um dos objetivos da República é erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais e regionais. Vamos falar dos grupos que a banca adora cobrar, né, vamos direto ao ponto, tá. Crianças e adolescentes. Eles são sujeitos de direitos em desenvolvimento e devem receber prioridade absoluta, artigo 227 da Constituição Federal de 88. O exemplo aqui de política pública, o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069 de 1990, ele garante acesso à educação, saúde, proteção contra a violência, trabalho infantil e negligência. Mas qual é o desafio? Altos índices de evasão escolar, trabalho infantil informal, violência doméstica e sexual. Eu tenho uma dica de ouro pra você: citar o ECA na prova da sua dissertação, mostra o domínio de conteúdo, viu.Vamos para o grupo dos idosos agora.A população idosa cresce muito no Brasil e com ela vêm os desafios de políticas públicas, certo?O estatuto do Idoso, a Lei número 10.741 de 2003 garante atendimento preferencial, transporte gratuito, saúde e lazer. E quais seriam os desafios? Negligência familiar, falta de acessibilidade nos serviços públicos, filas, preconceito etário (que é o ageísmo, etarismo) e violência psicológica. Lembra do artigo 230 da Constituição Federal de 88? Ele afirma que é dever da família, da sociedade e do Estado amparar pessoas idosas. A lei brasileira de inclusão, a LBI, a Lei 13.146 de 2015 é um marco, ela afirma que deficiência não está apenas no corpo, mas nas barreiras do ambiente. Desafio aqui, accessibilidade ainda precária, tá muito precária, em muitos serviços, em muitos sites públicos que não seguem o padrão de acessibilidade digital, que é o padrão WCAG e o preconceito nas relações de trabalho, são grandes os desafios. O artigo 5º da Constituição Federal de 88 garante igualdade de direitos. O artigo 37, inciso VIII, garante reserva de vagas em concursos públicos.A população LGBTQIA+, esse grupo enfrenta violências físicas, simbólicas e institucionais, são muitas vezes expulsos de casa, sofrem bullying, têm menor acesso ao mercado de trabalho e enfrentam dificuldade no atendimento público por preconceito, viu. Lá em 2019, o STF decidiu que LGBT fobia é crime equiparado ao racismo, ADO 26 e MI 4.733, dá uma lida. Quais são os desafios? Falta de políticas públicas específicas, violação de direitos em delegacias, hospitais e escolas e invisibilidade de pessoas trans em registros civis e concursos públicos. Pessoas em situação de rua. Olha, segundo o Ipea 2023, o número de pessoas em situação de rua no Brasil ultrapassa 220 mil. A política nacional para a população em situação de rua, que é o decreto número 7.053 de 2009, estabelece diretrizes para garantir dignidade, saúde, moradia, alimentação e trabalho. Mas tem os desafios, preconceito estrutural, violência policial, exclusão do cadastro único, sério, e políticas que não consideram a realidade de quem vive nas ruas. Conecte com o artigo 1º da Constituição Federal de 88, que trata da dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República. Pessoas em situação de rua, elas precisam ser amparadas pelo artigo 1º da Constituição Federal, tratar com dignidade a pessoa humana e levar isso como um dos fundamentos da Republica. Povos indígenas. Os povos originários e aqui vamos dar o nome mesmo correto, povos originários. Os povos originários do Brasil têm direitos territoriais, culturais e de autodeterminação garantidos pelo artigo 231 da Constituição Federal de 88. a Fundação Nacional dos Povos Originários dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas, que atuam para proteger esses direitos, né. Mas tem desafios: avanço do agronegocio sobre terras indígenas, falta de acesso à saúde differenciada, educação bilingue e respeito ás práticas culturais. O grupo dos quilombolas e demais comunidades tradicionais. Essas comunidades têm direito à terra e preservação cultural, conforme o artigo 68 do ato das disposições constitucionais transitórias (ADCT) da Constituição Federal de 88. Tem desafios? Claro, demora na titulação de terras, racismo ambiental, exclusão digital e falta de acesso a serviços públicos básicos. A Convenção 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário, garante consulta prévia a essas populações em qualquer projeto que as afete. E qual seria o papel do servidor público na inclusão? O servidor público deve conhecer os marcos legais, as politicas especificas de cada grupo, garantir tratamento igualitário, sem discriminação ou negligencia, encaminhar demandas corretamente com excutativa e empatia, defender políticas que reduzam desigualdades e respeitem os direitos humanos. Lembre-se, a administração pública direta e indireta deve obedecer aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e eficiência, artigo 37 da Constituição Federal de 88. Isso significa agir contra a exclusão social. Bom, o resumo da nossa aula. Vulnerabilizados são grupos excluídos por ação, omissão do Estado e da sociedade, não são vulneráveis, são vulnerabilizados. Sentiu, que precisa da ação ou omissão do Estado e da sociedade? Nós estudamos também que cada grupo tem legislação específica e direitos constitucionais garantidos. A inclusão é um princípio constitucional, uma diretriz de políticas públicas e um valor ético do serviço público.É isso, anotou tudo? Dá uma lida com calma, depois marca os artigos. E aí, anotou tudo? Dá uma ouvida de novo com calma, escreva que é muito bom, marca os artigos principais que foram citados e bora pra próxima aula, que é o subtópico 4.3 - Desigualdades e interseccionalidades, na qual a gente vai amarrar tudo isso aqui num conceito poderoso que pode e vai cair na sua prova. Bora lá, para o 4.3 no próximo áudio? Resumão CNU 2025 no EmÁudio Concursos.

02 -  Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados

Resumão CNU 2025: Conteúdo específico (blocos de 1 a 7) com a jornalista Cláudia Jones aqui no EmÁudio Concursos Olá concurseiro, olá concurseira. Hoje nós vamos estudar neste áudio, um tema que, além de relevante para a sua prova, é essencial para a sua formação como cidadão consciente - Desigualdades e interseccionalidades. Você talvez já tenha escutado essas palavras, mas será que compreende a profundidade que elas carregam? Bom, a gente vai devagar com exemplos, explicações práticas do jeitinho que você precisa desse resumão bem reforçado. Primeiro, o que são desigualdades?Bom, a desigualdade é a diferença no acesso a direitos, a recursos, a oportunidades e tratamento que as pessoas enfrentam em razão de diversos fatores: renda, cor da pele, gênero, orientação sexual, território, deficiência, entre outros. Na Constituição Federal de 1988, o tema aparece logo no artigo 3º, inciso III, como um dos objetivos fundamentais da República, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.E também no artigo 5º, que trata da igualdade formal e material, está garantido que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Mas atenção! Nem sempre tratar todos com igualdade garante justiça, às vezes, é necessário tratar de forma diferente para alcançar a equidade. E você sabe o que é equidade, não sabe, já estudou aqui, né? É um conceito que vai além da igualdade. Enquanto a igualdade significa tratar todos da mesma forma, equidade significa tratar cada um conforme as suas necessidades, para que todos tenham as mesmas oportunidades reais de acesso e participação. Equidade é justiça com base na diferença. É isso, equidade é justiça com base na diferença. Trata-se de reconhecer que nem todos partem do mesmo lugar. Então é necessário compensar as desigualdades com tratamentos específicos, enquanto a igualdade, tratar todos do mesmo jeito, ou dar o mesmo par de sapatos para todo mundo, sem considerar o número do pé, a equidade trata diferente, para alcançar a justiça, dar o sapato do número certo para cada pessoa. Em concursos, isso aparece com frequência em questões sobre políticas públicas, inclusão e justiça social. E quais seriam os fundamentos legais?A Constituição Federal, ela abre caminho, embora use mais o termo igualdade, abre caminho para o princípio da equidade ao garantir que o Estado deve reduzir desigualdades sociais e regionais (tá no artigo 3º, inciso III) garantir o bem de todos, sem preconceito ou discriminação. Artigo 3º, inciso IV, promover ações afirmativas como cotas raciais e sociais previstas em leis infraconstitucionais. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, a Lei 13.146 de 2015 também fala de acessibilidade de adaptações razoáveis, que são práticas de equidade no cotidiano, né. Exemplos aqui bem práticos: Rampas de acesso para pessoas com deficiência motora, trata-se de um recurso específico para o grupo, mas que garante acesso igualitário; Cotas e universidades públicas para pessoas negras, indígenas e de baixa renda, não é privilégio, é reconhecimento de desigualdade histórica;Provas em braile ou com intérpretes de libra, garantem igualdade de condições e não de tratamento. Deixa eu fazer uma analogia sobre igualdade e equidade pra você memorizar. Imagine 3 pessoas tentando assistir a um jogo por cima de um muro. Na igualdade, cada um recebe uma caixa do mesmo tamanho para subir, resultado: uma vê o jogo, outra vê parcialmente e a menor não vê nada, certo? Na equidade, cada uma recebe uma caixa proporcional à sua altura, de forma que todas consigam ver o jogo por cima do muro. Isso é equidade na prática, não é tratar todo mundo igual, mas sim tratar cada um de forma justa, conforme sua realidade, entendeu?Então, concluindo aqui, equidade é a base da justiça social. Ela nos ensina que o justo nem sempre é igual e que o Estado deve intervir de forma diferenciada para garantir que todos tenham acesso pleno a seus direitos. Compreendeu a equidade? Podemos seguir? Agora, o que são interseccionalidades?O termo interseccionalidade foi criado pela jurista e ativista norte americana Kimberly Crenshaw, lá em 1989 e ela usou esse conceito para explicar como diferentes formas de opressão podem se sobrepor. Uma definição simples, tá, interseccionalidade é quando duas ou mais formas de discriminação se cruzam, criando experiências únicas de exclusão e vulnerabilidade, que é um exemplo prático? Uma mulher preta em situação de rua, enfrenta o racismo, o machismo, a pobreza e a exclusão social ao mesmo tempo, isso é interseccionalidade. Essas opressões não agem isoladamente, mas em conjunto, criando barreiras mais complexas. E o importante, o conceito é usado para entender e combater as desigualdades de maneira mais completa. A interseccionalidade nos ajuda a ver que não existe um único tipo de exclusão e que as políticas públicas devem considerar esses cruzamentos, entendeu?E onde é que isso aparece nas leis? Vamos ver onde é que esse tema se conecta com a legislação brasileira. Na Constituição Federal, a gente tem o artigo 1º, inciso III, que fala da dignidade da pessoa humana. No artigo 3º, inciso IV tem a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, quaisquer outras formas de discriminação. O artigo 5º, igualdade perante a lei. O artigo 7º, inciso XX proibição de diferença de salários e critérios de admissão por motivo de sexo, igualdade, cor ou estado civil. O artigo 227, proteção da criança, do adolescente e do jovem. Artigo 230, amparo as pessoas idosas. Quais são as legislações específicas?A Lei número 10.741 de 2003, estatuto do Idoso.A Lei número 13.146 de 2015, que é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, LBI.A Lei número 8.069 de 1990, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA.A Lei número 12.288 de 2010, que é o Estatuto da Igualdade Racial.A Lei número 14.192 de 2021, é o combate à violência política de gênero.E como é que isso pode aparecer nas políticas públicas? As políticas públicas precisam considerar que os grupos não são homogêneos. Um programa de renda básica, por exemplo, pode ser útil, mas precisa ser pensado levando em conta a raça, gênero, deficiência, território, entre outros fatores. Se o poder público ignora a interseccionalidade, ela reproduz desigualdades, mesmo com boas intenções. Exemplo real: mulheres trans negras em situação de rua costumam ter muito mais dificuldade de acessar políticas públicas que homens cis brancos em situação semelhante. Então, revisando essas palavras na prática. Desigualdade - diferença injusta no acesso a direitos. Interseccionalidade - quando várias dessas diferenças se cruzam. Equidade - tratar de formas, de forma diferente para alcançar a justiça. Vulnerabilidade social - exposição a riscos por falta de direitos básicos. Exclusão estrutural - quando o sistema inteiro contribui para excluir alguém.Agora, quer dados para ajudar a visualizar bem? Vamos lá então. Segundo o Atlas da Violência 2023, publicado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mulheres negras são as maiores vítimas de feminicídio no Brasil. Jovens negros, pobres e moradores da periferia são as principais vítimas de homicídios. Segundo o IBGE, em 2022, pessoas pretas e pardas ganham em média, cerca de 40% menos do que pessoas brancas no Brasil. Mulheres ganham cerca de 22% a menos que homens, mesmo com escolaridade similar. Esses dados, pessoal, mostram a sobreposição de opressões. Sabe aquela pergunta de concurso que vem com gráfico de desigualdade por região ou raça? Pois é, muitas vezes a banca quer que você reconheça o conceito de interseccionalidade, embutido ali. Então, você já sabe o que que é interseccionalidade, é quando uma situação perpassa por vários momentos, a mesma situação por várias circunstâncias, né, percebeu?Bom, trago uma questão para você fixar aqui a respeito das noções de desigualdade e interseccionalidade no contexto das políticas públicas.Assinale a alternativa correta:A) A interseccionalidade trata exclusivamente das desigualdades raciais e não se aplica a outros marcadores sociais. B) A igualdade formal prevista na Constituição é suficiente para garantir equidade no acesso a políticas públicas. C) A interseccionalidade considera a sobreposição de múltiplos marcadores sociais que geram exclusões diferenciadas.D) A equidade só é necessária em contextos internacionais, não sendo aplicada no Brasil. Gente, qual seria o gabarito?Letra C né, a interseccionalidade considera a sobreposição de múltiplos marcadores sociais que geram exclusões diferenciadas. A interseccionalidade vai além de um único tipo de exclusão e reconhece que pessoas diferentes enfrentam desafios diferentes por causa da sobreposição de identidade, como cor, gênero, classe e deficiência. É um conceito essencial para políticas públicas eficazes e justas. A interseccionalidade não é moda acadêmica, é uma lente pela qual se pode enxergar as verdadeiras causas da exclusão. Políticas públicas que ignoram esse conceito são muitas vezes bem intencionadas, mas ineficazes. E você, como futuro servidor público, precisa conhecer esse conceito para não ser cúmplice de desigualdades estruturais, mas sim, o que? Um agente de transformação. Muito bem, terminamos aqui esse módulo 4, que fala sobre diversidade e inclusão na sociedade. Essa foi a aula do subtópico 4.3, que falou aqui de desigualdades e interseccionalidades, que agora você gravou e já sabe. No próximo módulo, a gente começa o módulo sobre administração pública federal, tá bom? Até lá, então no próximo áudio. Resumão  CNU 2025 no EmÁudio Concursos.

03 - Desigualdades e interseccionalidades

CNU RevisãoMÓDULO 04 Diversidade e Inclusão na SociedadeCNU Revisão

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01 - Diversidade de Sexo, Gênero, Sexualidade, Diversidade Étnico-Racial e Cultural

02 - Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos vulnerabilizados

03 - Desigualdades e interseccionalidades

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MÓDULO 04
Diversidade e Inclusão na Sociedade
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