Orange - Módulo

Prova Nacional Docente - PND

Olá, neste módulo de Prova Nacional Docente, vamos falar sobre a Psicologia da Educação.

Vamos começar?

Narrador: Audren Azevedo

MÓDULO 06

Psicologia da Educação

Oi, tudo bem? Aumenta o som aí, porque nesta primeira parte da nossa aula nós vamos mergulhar em um dos temas mais importantes da Psicologia da Educação, um assunto que despenca nas provas: a Teoria Histórico-Cultural de Lev Vygotsky. Vygotsky foi um psicólogo bielorrusso que viveu entre o final do século dezenove e o começo do século vinte. Ele foi muito influenciado pelas ideias marxistas e acreditava em algo fundamental: sem aprendizagem, não há desenvolvimento. Vou repetir pra fixar bem: sem aprendizagem, não há desenvolvimento. Pra ele, o ser humano se forma nas relações com o outro. É na convivência, na linguagem, nas trocas sociais e culturais que o sujeito se desenvolve. Em outras palavras, ninguém aprende sozinho, ninguém cresce isolado. O conhecimento nasce do contato com o meio, das experiências com as pessoas e com a cultura que nos cerca. Vygotsky dizia que primeiro o aprendizado acontece fora da pessoa, no mundo social, e depois é internalizado. Isso quer dizer que o conhecimento surge no relacionamento entre as pessoas, e depois vai sendo incorporado pelo indivíduo até se transformar em parte da sua forma de pensar e agir. Ele chamava esse primeiro momento de “interpsicológico” — o que está entre as pessoas. E chamava o segundo momento de “intrapsicológico”  que acontece dentro da mente de cada um. Pra ficar fácil de entender, imagina uma criança aprendendo a amarrar o sapato. No começo, ela observa um adulto fazendo e tenta imitar. Isso é o aprendizado acontecendo entre as pessoas, o interpsicológico. Depois de algumas tentativas, ela aprende e faz sozinha, de forma automática. Aí o processo se torna interno, o intrapsicológico. Percebeu? Primeiro vem a interação, depois vem a internalização. Essa passagem do social para o individual é o coração da teoria de Vygotsky. E é exatamente nesse processo que se desenvolvem o que ele chamou de funções psíquicas superiores, como a linguagem, a memória, a atenção e o pensamento lógico. Essas funções são resultado das interações sociais e da influência da cultura sobre o indivíduo. Por isso, Vygotsky afirmava que o desenvolvimento humano é histórico, cultural e social. Ou seja, a forma como cada pessoa aprende depende da época, do ambiente e da cultura em que vive. Agora, presta bastante atenção aqui porque isso é um ponto-chave: para Vygotsky, a linguagem é a principal ferramenta de desenvolvimento. É através da linguagem que o sujeito se apropria da cultura, organiza o pensamento e constrói o conhecimento. Pensa numa criança aprendendo matemática. Quando ela fala em voz alta o que está fazendo “primeiro eu somo, depois eu divido” ela está usando a linguagem para pensar. Com o tempo, essa fala vai ficando interna, silenciosa, e se transforma em raciocínio mental. É a linguagem moldando o pensamento! Outro ponto essencial da teoria é o papel do professor. Para Vygotsky, o professor é o mediador do processo de aprendizagem. É ele quem faz a ponte entre o aluno e o conhecimento. O professor orienta, provoca reflexões, propõe desafios e ajuda o estudante a avançar do que ele já sabe para o que ele ainda não domina. Isso quer dizer que a educação tem uma função transformadora, porque é por meio dela que o aluno ultrapassa seus próprios limites. Então, guarda bem isso: Vygotsky defendia que o desenvolvimento vem depois da aprendizagem. A aprendizagem é o motor, o ponto de partida. Pra resumir, e eu quero que você repita mentalmente comigo: O desenvolvimento é resultado das interações sociais. A aprendizagem vem antes do desenvolvimento. A linguagem é a principal ferramenta de mediação. E o professor tem papel fundamental como mediador do conhecimento. Grava isso porque cai muito em prova: sem aprendizagem, não há desenvolvimento. O aprendizado vem primeiro e o desenvolvimento acontece depois, como consequência. Agora que você já entendeu essa base teórica, na próxima parte da aula nós vamos aprofundar um conceito que as bancas simplesmente adoram  a Zona de Desenvolvimento Proximal, ou ZDP. Esse é um dos temas mais cobrados da teoria de Vygotsky e é essencial pra entender o papel do professor no processo educativo. Aumenta o som aí e vem comigo pra próxima parte da aula!

01 - Teoria Histórico-Cultural

Pra começar, vamos lembrar o que já vimos: Vygotsky acreditava que o ser humano se desenvolve nas relações sociais, e que é a aprendizagem que impulsiona esse desenvolvimento. Agora, ele levou essa ideia um passo adiante e criou um conceito genial — o de Zona de Desenvolvimento Proximal, conhecida pela sigla ZDP. Mas o que é essa tal zona? Imagina o seguinte: cada pessoa tem coisas que já consegue fazer sozinha e outras que ainda não domina, mas que conseguiria fazer se tivesse ajuda. Entre o que ela já sabe e o que ainda não sabe, existe um “espaço”, uma distância. É justamente aí que entra a ZDP. Vygotsky explicou que existem dois níveis de desenvolvimento. O primeiro é o nível de desenvolvimento real, que é aquilo que a pessoa já consegue fazer por conta própria, sem ajuda. E o segundo é o nível de desenvolvimento potencial, que representa aquilo que ela ainda não domina, mas que pode alcançar com o apoio de alguém mais experiente — um professor, um colega, um adulto, enfim, alguém que oriente o processo. A Zona de Desenvolvimento Proximal é o espaço entre esses dois níveis — o real e o potencial. É como uma ponte que liga o que o aluno já domina ao que ele ainda vai aprender. Vamos imaginar um exemplo simples. Pensa numa criança aprendendo a andar de bicicleta. Sozinha, ela ainda não consegue se equilibrar — esse é o nível de desenvolvimento real. Mas com a ajuda de um adulto segurando o banco e orientando, ela consegue pedalar por alguns segundos sem cair. Esse momento de transição, em que a criança precisa de ajuda pra conquistar algo novo, é a Zona de Desenvolvimento Proximal. Com o tempo, essa ajuda vai diminuindo, e ela começa a andar sozinha. O que antes era potencial se torna real. Percebe como o aprendizado avança? A aprendizagem vai puxando o desenvolvimento pra frente! E é aí que entra o papel fundamental do professor. Vygotsky dizia que o professor é o mediador entre o aluno e o conhecimento. Ele é quem atua dentro da ZDP, oferecendo o suporte necessário para que o aluno vá além do que conseguiria sozinho. Essa ajuda pode vir de várias formas — explicando, dando exemplos, fazendo perguntas, oferecendo desafios adequados, ou simplesmente estimulando a reflexão. Essa atuação do professor é o que Vygotsky chamava de mediação. É por meio da mediação que o conhecimento é construído. Sem essa intervenção, o aluno ficaria preso ao seu nível atual, sem conseguir avançar. Imagina uma situação em sala de aula: o professor de matemática percebe que os alunos já conseguem somar números pequenos, mas ainda têm dificuldade com números grandes. Ele então propõe atividades um pouco mais desafiadoras, acompanha de perto, dá pistas, faz perguntas do tipo “o que aconteceria se a gente somasse mais dez aqui?”, e aos poucos vai retirando a ajuda conforme os alunos dominam o raciocínio. Essa estratégia é um exemplo claro de atuação dentro da Zona de Desenvolvimento Proximal. O professor cria um ambiente onde o aluno se sente capaz de avançar, mesmo diante de algo novo. Agora, grava isso porque é clássico de prova: é na Zona de Desenvolvimento Proximal que o professor deve atuar! É ali que o aprendizado acontece de forma mais rica e significativa. E tem mais: Vygotsky também defendia que esse processo de mediação não ocorre apenas entre professor e aluno. Ele pode acontecer entre colegas, entre irmãos, entre qualquer pessoa que possua mais experiência em determinado conhecimento. É por isso que atividades em grupo, trocas e discussões são tão importantes no processo educativo — elas criam múltiplas oportunidades de mediação. Então, vamos fixar os pontos principais dessa parte: Primeiro, a ZDP é o espaço entre o que o aluno já sabe e o que ele pode aprender com ajuda. Segundo, o professor é o mediador desse processo, aquele que oferece suporte e direcionamento. Terceiro, a aprendizagem na ZDP é o que impulsiona o desenvolvimento. Vygotsky acreditava que, ao atuar na Zona de Desenvolvimento Proximal, o professor transforma o potencial do aluno em capacidade real. É como se o professor dissesse: “Eu te ajudo agora, mas logo você vai conseguir sozinho.” E esse é o grande segredo da educação mediada — criar condições para que o aluno se torne autônomo. Pra fechar essa parte, pensa nisso: a boa prática pedagógica não é fazer pelo aluno, mas ajudá-lo a fazer até que ele consiga sozinho. Esse é o verdadeiro sentido de ensinar na visão de Vygotsky. Muito bem! Você acabou de entender um dos conceitos mais cobrados e mais bonitos da Psicologia da Educação. Na próxima parte, nós vamos mudar o foco e estudar outro gigante da psicologia — Jean Piaget, o criador da Teoria Cognitivista. Vamos comparar as ideias dele com as de Vygotsky e entender o que significa a tal da assimilação e acomodação, que também caem demais em prova. Aumenta o som aí e vem comigo pra Parte 3 da aula!

02 - Zona de Desenvolvimento Proximal e o papel do professor

Vamos começar entendendo quem foi Jean Piaget. Ele foi um psicólogo suíço, contemporâneo de Vygotsky, que estudou profundamente como o ser humano constrói o conhecimento ao longo da vida. Enquanto Vygotsky dizia que “sem aprendizagem não há desenvolvimento”, Piaget afirmava exatamente o contrário: “sem desenvolvimento, não há aprendizagem.” Percebeu a diferença? Pra Vygotsky, o movimento é do meio para o indivíduo. Já pra Piaget, o movimento é do indivíduo para o meio. Piaget dizia que a criança é como um pequeno cientista em constante descoberta. Ela vai construindo o próprio conhecimento à medida que interage com o ambiente e organiza suas experiências. Por isso, sua teoria é chamada de Teoria Cognitivista ou também de Epistemologia Genética  porque explica a origem e o desenvolvimento do conhecimento. Segundo Piaget, o desenvolvimento depende de um processo interno de maturação biológica, e esse processo vai determinando o que a criança é capaz ou não de compreender em cada fase. Agora vem uma parte fundamental da teoria dele, e eu quero que você preste bastante atenção: Piaget explicava o processo de aprendizagem com base em dois mecanismos  assimilação e acomodação. Esses dois processos caminham juntos e explicam como o ser humano constrói e ajusta o conhecimento. Vamos entender direitinho. A assimilação acontece quando a pessoa recebe uma nova informação e a encaixa dentro dos esquemas mentais que ela já possui. Ou seja, ela interpreta o novo com base no que já conhece. Imagina que uma criança aprendeu o que é um cachorro: tem quatro patas, rabo e late. Quando ela vê outro cachorro diferente, de outra raça, ela reconhece como sendo um cachorro também. Isso é assimilação  ela encaixou o novo exemplo dentro do esquema que já existia na mente dela. Repara que nesse processo a estrutura mental da criança não muda, ela apenas incorpora novas informações dentro do que já conhece. É por isso que a gente pode dizer que a assimilação é o processo “sem mudança”. Agora, a acomodação é diferente. Ela acontece quando a nova informação não se encaixa no esquema existente, obrigando o sujeito a modificar o seu modo de pensar. Por exemplo: a mesma criança vê um gato pela primeira vez. Ele também tem quatro patas e rabo, mas mia, não late. A criança percebe que o gato não se encaixa no esquema de “cachorro”, então ela precisa criar um novo esquema mental para “gato”. Isso é acomodação  o esquema anterior precisou ser modificado pra se ajustar à nova experiência. Enquanto a assimilação mantém o que já existe, a acomodação transforma o que existe. Um completa o outro. Piaget dizia que o equilíbrio entre esses dois processos —assimilação e acomodação  gera o que ele chamava de equilibração majorante. É o equilíbrio dinâmico que permite ao indivíduo adaptar-se melhor ao meio e, ao mesmo tempo, desenvolver sua inteligência. Quer ver um exemplo prático do dia a dia escolar? Imagina uma professora ensinando os números para crianças pequenas. Ela dita o número “dois mil oitocentos e noventa e quatro” e observa que algumas crianças escrevem “2000800904”. À primeira vista, parece confuso, mas o que está acontecendo é que as crianças estão tentando assimilar a numeração falada com o conhecimento que já têm sobre os números. Elas estão criando hipóteses, testando, experimentando — exatamente o que Piaget dizia que faz parte do processo de construção do conhecimento. Com o tempo, ao compreenderem melhor o sistema decimal, essas crianças vão acomodar seus esquemas mentais e começarão a escrever de forma correta. Isso mostra como o erro, para Piaget, não é um problema, mas uma parte natural do aprendizado. Grava isso porque cai demais em prova: pra Piaget, o erro é construtivo! Ele mostra o caminho do raciocínio da criança e indica como ela está organizando o conhecimento. Então vamos recapitular, porque esse é um dos pontos mais cobrados: A assimilação acontece quando o indivíduo interpreta o novo com base no que já sabe. A acomodação acontece quando ele precisa mudar seu modo de pensar pra compreender algo novo. E a equilibração é o processo de ajuste entre esses dois mecanismos, permitindo o avanço do pensamento. Agora, vem comigo, porque ainda tem mais. Piaget também estudou profundamente as fases do desenvolvimento cognitivo, mostrando que o raciocínio da criança evolui em estágios, cada um com características específicas. Esse é outro ponto importantíssimo para as provas e está diretamente ligado à forma como a criança aprende em cada idade. Na próxima parte, a gente vai falar exatamente sobre isso os estágios do desenvolvimento cognitivo em Piaget. Vamos entender o que acontece em cada fase, o que a criança é capaz de fazer e o que ainda não consegue, e claro, como isso influencia o ensino e a aprendizagem. Então, respira fundo, toma aquela água, e vem comigo pra Parte 4 da aula, porque agora a gente vai amarrar tudo e fechar com chave de ouro!

03 - Teoria Cognitivista de Piaget (assimilação e acomodação)

Pra entender o pensamento de Piaget por completo, é essencial compreender que, pra ele, o conhecimento não surge de uma vez só. Ele vai se construindo, passo a passo, conforme o indivíduo amadurece e interage com o meio. E esse processo acontece em estágios, ou seja, em fases que se sucedem de forma ordenada. Esses estágios não dependem apenas da idade, mas da maturação biológica e das experiências que a pessoa vive. Então, a idade é uma média, não uma regra rígida. Piaget identificou quatro estágios principais do desenvolvimento cognitivo. Vamos entender cada um deles com calma. O primeiro estágio é o sensório-motor, que vai, aproximadamente, do nascimento até os dois anos de idade. Nessa fase, o bebê conhece o mundo através dos sentidos e dos movimentos. Ele aprende pegando, tocando, levando objetos à boca, ouvindo sons, observando pessoas. É como se ele estivesse “experimentando o mundo com o corpo”. Aqui surge algo muito importante: o bebê descobre que os objetos continuam existindo mesmo quando ele não os vê — é o que chamamos de permanência do objeto. Por exemplo, quando a mãe esconde um brinquedo debaixo de um pano, e o bebê procura por ele, é porque ele já entende que o brinquedo não desapareceu, só está escondido. Esse é um marco fundamental do desenvolvimento cognitivo. Antes disso, o que a criança não vê, simplesmente deixa de existir para ela. O segundo estágio é o pré-operacional, que vai dos dois aos sete anos de idade. Agora, a criança começa a desenvolver a linguagem, o pensamento simbólico e a imaginação. Ela já é capaz de representar mentalmente os objetos e as situações. É por isso que brincadeiras de faz-de-conta se tornam tão comuns nessa fase. Mas atenção: apesar de toda essa criatividade, a criança ainda tem um pensamento egocêntrico, ou seja, ela acredita que todo mundo pensa e sente como ela. Se ela gosta de sorvete de morango, ela acha que todo mundo também gosta. E tem mais: nessa fase, a criança ainda não desenvolveu a reversibilidade do pensamento, que é a capacidade de desfazer mentalmente uma ação e voltar ao ponto de partida. Quer ver um exemplo clássico? Imagina duas copos de vidro com a mesma quantidade de água. Se você pegar um deles e despejar o líquido em um copo mais fino e alto, a criança do estágio pré-operacional vai dizer que aquele copo tem mais água — porque ela se baseia apenas na aparência, e não consegue “reverter” mentalmente a situação. É justamente por ainda não ter essa reversibilidade que ela ainda não chegou ao próximo estágio. O terceiro estágio é o das operações concretas, que ocorre mais ou menos entre os sete e os onze anos de idade. Aqui o pensamento da criança se torna mais lógico e organizado, mas ainda depende de situações concretas, de coisas que ela pode ver, tocar ou manipular. É nesse período que ela começa a compreender a reversibilidade, as relações de causa e efeito e o conceito de conservação. Por exemplo, ela entende que a quantidade de água não muda só porque o recipiente é diferente — isso mostra que ela já consegue raciocinar logicamente sobre o que observa. Nessa fase, a criança também começa a entender regras, a fazer classificações e a resolver problemas simples, mas sempre com base em experiências práticas. Por fim, temos o quarto estágio, o das operações formais, que começa por volta dos onze ou doze anos e se estende pela adolescência. Agora o indivíduo já consegue pensar de forma abstrata, formular hipóteses e raciocinar sobre ideias que não estão presentes no momento. É o início do pensamento científico. Por exemplo, o adolescente pode discutir ideias sobre política, justiça ou valores morais, mesmo sem viver essas situações concretamente. Ele é capaz de imaginar possibilidades, fazer suposições e tirar conclusões lógicas. Resumindo os quatro estágios: Primeiro, o sensório-motor  quando o bebê conhece o mundo pelos sentidos e movimentos. Segundo, o pré-operacional  quando surge o pensamento simbólico, mas ainda há egocentrismo e falta de reversibilidade. Terceiro, o das operações concretas — quando a criança desenvolve o raciocínio lógico, mas ainda ligado ao mundo real. E por último, o das operações formais — quando o pensamento abstrato e hipotético se consolida. Grava isso porque as bancas adoram perguntar qual estágio está sendo descrito em determinadas situações! Por exemplo, se a questão falar que a criança ainda não consegue desfazer um raciocínio ou voltar ao ponto de partida, estamos falando do estágio pré-operacional. Agora, se a questão disser que ela já consegue raciocinar logicamente sobre o que vê, mas ainda precisa de exemplos concretos, estamos falando das operações concretas. E se o enunciado mencionar a capacidade de pensar de forma abstrata e hipotética, de fazer suposições e deduções, então é o estágio das operações formais. Percebe como é possível identificar o estágio pelo tipo de pensamento descrito? Essa é uma dica valiosa pra acertar as questões! Pra encerrar, guarda essa ideia principal: pra Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo ativo e contínuo. A criança não é um recipiente vazio que o professor vai enchendo de informações — ela é uma construtora do próprio conhecimento, e cada estágio prepara o terreno para o seguinte. É isso aí! Finalizamos a nossa aula sobre Psicologia da Educação, estudando as ideias de Vygotsky e Piaget. Agora você já entende as bases das principais teorias da aprendizagem e está muito mais preparado pra gabaritar as questões desse tema. Mas não para por aqui, hein? Continua comigo nas próximas aulas, porque ainda tem muito conteúdo bom vindo por aí. Você está cada vez mais perto da aprovação — então segue firme, aumenta o som e até a próxima aula!

04 - Estágios do Desenvolvimento em Piaget

Pra começar, é importante você saber quem foi Henri Wallon. Ele foi um psicólogo, médico e também político francês, viveu no século XX e, assim como Vygotsky, foi influenciado pelas ideias marxistas. Wallon foi membro do Partido Comunista Francês e é considerado o grande nome da Teoria Sócio-Afetiva, que também faz parte do conjunto das teorias cognitivas. E o que isso quer dizer, afinal? Quer dizer que Wallon via o ser humano como um ser integral  alguém que se desenvolve em várias dimensões ao mesmo tempo. Ele acreditava que nenhum aspecto da vida humana pode ser estudado isoladamente. Por isso, seu pensamento girava em torno de três domínios essenciais: o cognitivo, o afetivo e o motor. Guarda esses três nomes, porque eles são a base da teoria dele e caem direto nas provas! Cognitivo, afetivo e motor. Wallon dizia que o desenvolvimento humano acontece por meio da interação entre essas três dimensões. E mais: ele foi um dos primeiros psicólogos a defender que as emoções têm papel central no desenvolvimento e na aprendizagem. Pensa nisso: antes mesmo de falar, andar ou pensar logicamente, o bebê sente. Ele expressa emoções, reage ao ambiente, sorri, chora, grita, se encanta. É por meio das emoções que ele começa a se relacionar com o mundo. E é justamente isso que Wallon defendia: a afetividade é a primeira forma de relação da criança com o mundo. Antes da razão, vem a emoção! Isso é tão importante que Wallon dizia que o professor precisa olhar para o aluno de forma integral, considerando não apenas o lado cognitivo — o aprender conteúdos — mas também o lado afetivo e o motor. Ou seja, o educador precisa conhecer as emoções, os gestos, o corpo e o pensamento do aluno como partes de um mesmo processo. Grava isso: pra Wallon, ensinar é um ato de vínculo e de compreensão. O professor deve ser um mediador, mas também alguém que acolhe, que cria confiança, que escuta e que entende o momento emocional do aluno. Sabe quando um aluno está desmotivado, triste ou inseguro e o professor percebe e adapta sua forma de ensinar? Isso é Wallon na prática! Ele defendia que a afetividade é essencial para que a aprendizagem aconteça, porque o aluno precisa se sentir acolhido e confiante para se desenvolver. Agora, vamos falar sobre as fases do desenvolvimento humano propostas por Wallon. Ele dividiu o desenvolvimento em cinco fases principais, considerando justamente essa visão integral do ser humano. A primeira é a fase impulsivo-emocional, que vai do nascimento até cerca de um ano de idade. Nessa fase, predominam as emoções. O bebê reage por impulsos, expressa alegria, choro, medo — e tudo isso é comunicação! As emoções são o canal pelo qual ele se conecta com o outro. A segunda é a fase sensório-motora e projetiva, que vai de um a três anos. Aqui, a criança começa a desenvolver o controle dos movimentos e a explorar o ambiente. Ela mexe em tudo, tenta pegar, empurrar, lançar  é uma fase de descoberta motora e sensorial. Depois vem a fase do personalismo, que vai dos três aos seis anos. Esse é o momento em que a criança começa a perceber que é um ser separado dos outros, desenvolvendo a noção de “eu”. Ela quer se afirmar, testar limites, dizer “eu quero”, “eu não quero”, “eu posso”. É a fase da formação da personalidade, e por isso é marcada por muitas emoções e conflitos. A quarta é a fase categorial, dos seis aos onze anos. Agora, a criança começa a organizar o pensamento de forma mais lógica e estruturada. É o momento em que ela entra na escola, aprende a classificar, a categorizar as coisas e a lidar melhor com as regras. Por fim, vem a fase da puberdade e adolescência, que começa por volta dos onze anos. Nessa fase, há intensas transformações físicas, cognitivas e emocionais. O adolescente busca sua identidade, questiona o mundo, e é nessa etapa que a afetividade se manifesta de forma mais complexa, muitas vezes em forma de conflitos internos e busca de pertencimento. Perceba como Wallon une emoção, pensamento e movimento em todas as fases. Ele não separa o “sentir” do “pensar”. Pra ele, o desenvolvimento é uma dança entre esses três domínios o cognitivo, o afetivo e o motor e cada um deles se manifesta mais fortemente em determinadas etapas da vida. Guarda isso porque é ponto certo de prova: quando a questão falar sobre o papel das emoções, da afetividade e da motricidade no desenvolvimento humano, ela está falando de Wallon. E olha que interessante: segundo ele, a escola precisa ser um espaço em que o aluno possa se expressar integralmente. Um ambiente que não seja só de regras e conteúdos, mas também de acolhimento e empatia. Então, pra fechar essa parte, lembra sempre disso: Para Wallon, a emoção é o ponto de partida do desenvolvimento. O professor é um mediador acolhedor. E o ser humano se desenvolve de forma global corpo, mente e emoção em constante interação. Muito bem! Você acabou de entender a essência da Teoria Sócio-Afetiva de Henri Wallon, um dos pensadores mais importantes da psicologia da educação. Na próxima parte da nossa aula, nós vamos conhecer outro grande nome da aprendizagem: David Ausubel, o criador da Teoria da Aprendizagem Significativa uma teoria que vai te ajudar a entender como o aluno realmente aprende e fixa o conhecimento de forma duradoura. Aumenta o som aí e vem comigo

05 - Henri Wallon e a Teoria Sócio-Afetiva

Prova Nacional Docente - PND
MÓDULO 06
Psicologia da Educação
EmAudio

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01 - Teoria Histórico-Cultural

02 - Zona de Desenvolvimento Proximal e o papel do professor

03 - Teoria Cognitivista de Piaget (assimilação e acomodação)

04 - Estágios do Desenvolvimento em Piaget

05 - Henri Wallon e a Teoria Sócio-Afetiva

Prova Nacional Docente - PNDMÓDULO 06Psicologia da EducaçãoEmAudio

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01 - Teoria Histórico-Cultural

02 - Zona de Desenvolvimento Proximal e o papel do professor

03 - Teoria Cognitivista de Piaget (assimilação e acomodação)

04 - Estágios do Desenvolvimento em Piaget

05 - Henri Wallon e a Teoria Sócio-Afetiva

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Psicologia da Educação
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