Red - Módulo

Contabilidade Geral

Neste módulo, vamos estudar sobre Estoques, Operações com Mercadorias, Sistemas de Inventário e Métodos de Avaliação de Estoques.

Aperte o play!

Duração Total: 1 hora 12 minutos 18 segundos
Professor: Bruno Andrade
Narração: Audren Silva

MÓDULO 05

Estoques e Métodos de Avaliação

Contabilidade Geral em Áudio: Estoques Parte um - Fala, Galerinha que ama Contabilidade como eu! Bom, galera. Já estamos no nosso módulo cinco, e isso é incrível, não é mesmo? Vamos dar prosseguimento aos nossos estudos dos itens do ativo, beleza? Ah, a gente vai começar falando de estoques! Tá legal! Um assunto sensacional. Você vai gostar. Para tanto, irei utilizar a norma CPC 16, além da nossa conhecida Lei 6.404/76 e Lei 11.638/07. Segundo o CPC 16, estoques são ativos, letra A, mantidos para venda no curso normal dos negócios; letra B, em processo de produção para venda; ou letra C, na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. Gente, basicamente, o que a norma está falando é que os meus estoques podem ser mercadorias que eu comprei para revender, produtos que eu produzi e estão ali prontos para serem vendidos, produtos que ainda estão em processo de produção, ou ainda podem ser estoques de matéria-prima ou suprimentos, os quais serão consumidos no processo de fabricação ou no processo de prestação de serviço. Entendeu? Show! Mas agora a gente precisa falar sobre mensuração, vamos lá! Conforme o CPC 16, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido. Tá bom, dos dois, o menor. Guarde isso, galera! Custo ou valor realizável líquido, dos dois, o menor. Mas o que seria exatamente, professor? O valor realizável líquido? Eu explico! Segundo o CPC 16, nada mais é do que o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Turma, basicamente, podemos dizer que seria o preço de venda menos os gastos relacionados a essa venda. Então, apenas recapitulando aqui pra gente fixar bem, né? Segundo o CPC 16, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois, o menor. Agora é preciso salientar algo pra vocês: no artigo 183 da Lei 6.404/76, vemos um texto que diverge um pouco do CPC 16 no que tange à avaliação dos estoques. Nesse sentido, a lei fala sobre como os itens devem ser avaliados. O inciso 2 do artigo 183 diz o seguinte: "Os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado quando este for inferior." Agora, repare que neste dispositivo da Lei 6.404/76, os estoques devem ser mensurados pelo custo, seja de aquisição ou produção, ou pelo valor de mercado quando o valor de mercado for inferior. Todavia, no CPC 16, aprendemos que os estoques devem ser mensurados pelo custo ou valor realizável líquido, né? Dos dois, o menor. As questões de prova podem exigir tanto o que a Lei 6.404/76 fala quanto o que está disposto no CPC 16, tá bom? Portanto, é importante que você saiba as duas coisas. Ressalto, porém, que atualmente tenho observado que é mais comum ser cobrado pelas bancas examinadoras o que o CPC 16 traz, ou seja, que os estoques são mensurados pelo custo ou o valor realizável líquido, dos dois, o menor. Mas, e esse meu estoque, gente? Custou mil reais, por exemplo, e percebo que o meu valor realizável líquido é de apenas novecentos reais. Como farei aí nesse caso, turma? A gente vai ter uma conta redutora de estoque, chamada de perdas estimadas por redução ao valor realizável líquido. Isso mesmo! E aí é aquele esquema: por ser uma conta retificadora do ativo, ela possui natureza credora. No exemplo que acabei de dar, essa conta retificadora teria o valor de cem reais, uma vez que o custo dos estoques é mil reais, mas o seu valor realizável líquido é de apenas cem reais. Bora fazer uma questãozinha para praticar? Então, ela é do CESPE/ESAF, referente ao concurso da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), e diz o seguinte: "A conta perdas estimadas por redução ao valor realizável líquido, componente do subgrupo estoques, tem natureza credora, apesar de figurar no ativo." E aí, pessoal, olha, acabamos de ver que a conta perdas estimadas por redução ao valor realizável líquido é um componente dos estoques, pois fica ali reduzindo o seu valor. Além disso, ela realmente possui natureza credora, por ser uma conta retificadora, e, por fim, realmente figura no ativo da empresa. Logo, não há nada de errado com a questão. Então, ela está correta? Bora para mais uma questão? Então, ela é do CESPE/ESAF, referente ao concurso da Telebrás, e diz o seguinte: "Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, devendo-se escolher aquele que for menor." E aí, certo ou errado? Ah, essa tá fácil, né, pessoal? A gente viu que, de acordo com o CPC 16, realmente os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, né? Dos dois, o menor. Não é verdade? É exatamente isso que a questão fala e, portanto, o gabarito está certo. Vamos lá, força, foco e fé! Me dá a mão aí e vamos para o próximo áudio. Vem comigo!

01 - Estoques – Parte 1

Contabilidade Geral em Áudio: Estoque Parte Dois Oi galera, Tudo bem? Agora a gente vai falar sobre custo de aquisição dos estoques. Tá preparado aí? Com certeza, né? Ou seja, pessoal, vamos entender os elementos que irão compor o custo de aquisição dos estoques. Primeiramente, quero ressaltar que o CPC 16 afirma que o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Então temos os custos de aquisição dos estoques, os custos de transformação e os custos incorridos para trazer os estoques a sua condição e localização atuais. Vamos focar agora nos custos de aquisição. Beleza? Oh, vou fazer o seguinte então: irei trazer o texto do CPC 16 sobre custo de aquisição e depois a gente vai tratando do assunto de forma mais detalhada. Tá legal? Ouve aí. Segundo o CPC 16, o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos, exceto os recuperáveis junto ao fisco, bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Outra coisa importante pessoal, o CPC 16 ainda afirma que descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Entendeu? Resumindo, tudo isso que o CPC 16 fala e focando no que é mais relevante. Eu diria que no custo de aquisição dos estoques, nós temos primeiramente o preço de compra, né? Além disso, temos também os tributos, exceto aqueles tributos que são recuperáveis. Agora só um parêntese aí, os tributos recuperáveis já possuem conta própria no ativo. Por isso não faz sentido eles integrarem o custo de aquisição dos estoques, beleza? Mas vamos prosseguir. Além do preço de compra e dos tributos, exceto os recuperáveis, temos no nosso custo de aquisição o valor do transporte, frete e dos seguros. É importante você ter em mente que só faz parte do custo de aquisição o transporte ou o seguro que foi pago pela empresa que está adquirindo a mercadoria. Quer dizer, quando o vendedor paga o transporte ou o seguro, isso não entra no custo de aquisição. Beleza, muito bem. Mas agora temos ainda os itens que a gente deduz do custo de aquisição, né? Que são os descontos comerciais chamados de descontos incondicionais e os abatimentos. Então, recapitulando, voltando a fita aí, se a gente for resumir o que é mais relevante acerca do custo de aquisição, temos o preço de compra, os tributos, exceto os recuperáveis, o transporte, frete que nós pagamos, e também o seguro que nós pagamos como dedução do custo de aquisição. A gente tem os descontos comerciais chamados de descontos incondicionais e os abatimentos. Então, bora fazer duas questõezinhas para a gente treinar, pode ser? Show. A primeira delas é adaptada do CESPE/Cebraspe, referente ao concurso do TRE da Bahia, e diz o seguinte: "O valor do custo de aquisição de estoques compreende o preço de compra, acrescidos dos tributos, exceto os recuperáveis, deduzidos os custos de transporte e seguro atribuíveis à aquisição." Conseguiu pensar na resposta? Então, faz o seguinte, vem comigo que eu vou te ajudar, galera. Oh, a questão fala que o custo de aquisição do estoque compreende o preço de compra, né? Acrescidos dos tributos, exceto os recuperáveis, e deduzidos os custos de transporte e seguro. Hum, essa última parte aí tá estranha, né? Não é? Não tá estranho, a gente não deduz o custo de transporte e seguro, uma vez que eles integram o custo de aquisição. Então, não tem conversa. Questão errada! Bora fazer mais uma para terminarmos o áudio. Ela é do CESPE/Cebraspe, referente ao concurso do TJ do Espírito Santo, e diz assim: "O ICMS a recuperar e os descontos incondicionais concedidos pelo fornecedor não integram o custo de aquisição de estoques." E aí, certo ou errado? Ah, galera, primeiramente, devo ressaltar que o ICMS a recuperar, como o nome sugere, né? É um tributo recuperável. Lembra que falamos que o custo de aquisição engloba os tributos, exceto os recuperáveis? Pois é, eis aqui um tributo recuperável que, portanto, não integra o custo de aquisição. Além disso, a questão fala dos descontos incondicionais. Não é mesmo? A gente viu que esse tipo de desconto entra como dedução do custo de aquisição, portanto, não integra o mesmo. Vamos lá, vamos recapitular o que a questão está falando, diz aí. "O ICMS a recuperar e os descontos incondicionais não integram o custo de aquisição dos estoques." Portanto, pessoal, ela está certa. Show. Agora, bora comigo para o próximo áudio. Vamos nessa.

02 - Estoques – Parte 2

Contabilidade Geral Em Áudio: Aquisição de Estoques com ICMS e IPI Olá! E aí? Como é que você tá, certinho, né, pessoal? Agora a gente vai entrar em um tópico bem interessante que é o registro contábil relacionado à compra de mercadorias, amantes da contabilidade. Vamos nessa? Perceba que até agora falamos apenas da parte teórica. Não é mesmo? Mas não demos exemplos práticos. Mas aqui iremos mostrar como isso funciona. Na prática, vamos começar com a ideia básica. Tá, pessoal? Quando eu compro um item de estoque, seja ele uma matéria-prima ou uma mercadoria para revenda, terei um item de estoque entrando no meu ativo e dinheiro saindo também do meu ativo. Caso a compra seja à vista, terei um item de estoque entrando no meu ativo e uma obrigação sendo registrada no meu passivo. Vamos simplificar, então, olha só. No caso de compras à vista, eu debito a conta Estoques e credito a conta Caixa. Já no caso de compras a prazo, eu debito a conta Estoques e credito a conta Fornecedores. Ok, muito fácil, né? Beleza. Mas lembra que falamos que os tributos recuperáveis não irão compor o custo de aquisição dos produtos. Lembra disso? Pois é. Vou dar um exemplo para vermos como fica o lançamento quando temos ICMS a recuperar e IPI a recuperar. Só lembrando, ICMS quer dizer Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação. IPI, por sua vez, significa Imposto sobre Produtos Industrializados. Então, beleza, vem comigo. Chegamos aqui no nosso exemplo e vamos considerar uma compra de matéria-prima, tá pessoal, para a produção da nossa empresa. Imagine que gastamos cento e dez mil reais. Isso mesmo. Muita coisa, né? Cento e dez mil reais com essas matérias-primas, sendo que há um IPI recuperável no valor de dez mil reais e um ICMS recuperável no valor de doze mil reais. A primeira coisa que devemos lembrar é que, por serem tributos recuperáveis, o IPI e o ICMS do nosso exemplo não integrarão o custo de aquisição dos estoques. Marcou? Muito bem. Assim, para apurarmos o valor que registraremos nos estoques, precisaremos deduzir dos cem dez mil reais o valor do IPI e do ICMS a recuperar. Show, se liga, então. Teremos cento e dez mil reais menos dez mil menos doze mil, que totaliza oitenta e oito mil reais. Fez as contas aí? São esses oitenta e oito mil reais que a gente vai lançar na conta de estoque. Percebeu, então? Debitar a conta Estoques no valor de oitenta e oito mil reais. Nosso IPI e ICMS a recuperar, gente, também serão debitados em contas próprias, tá, no nosso ativo. Então teremos débito de IPI a recuperar no valor de dez mil e também débito de ICMS a recuperar no valor de doze mil reais. Aí, digamos que a compra não tenha sido realizada à vista. Então, nesse caso, iremos creditar a conta Fornecedores. Teremos, portanto, um crédito em Fornecedores no valor de cem dez mil reais. Show, recapitulando a fita. Aí fizemos um débito em Estoques no valor de oitenta e oito mil reais, um débito em IPI a recuperar no valor de dez mil reais, um débito em ICMS a recuperar no valor de doze mil reais e, por fim, um crédito em Fornecedores no valor de cem dez mil reais. Bacana, galera. Perceba que, se fosse um lançamento mais básico, sem os tributos a recuperar, a gente teria apenas débito de Estoques e crédito de Fornecedores, né? Nesse caso, como tivemos os tributos a recuperar, também tivemos que debitá-los em contas próprias. Assim, tivemos que excluir o valor dos tributos recuperáveis do nosso estoque. Ok? É isso aí, galera. Vem comigo para o próximo áudio, com força, foco e fé. Vamos lá!

03 - Aquisição de Estoques com ICMS e IPI

Contabilidade Geral em Áudio: Sistemas de Inventário - Parte um E aí, gente linda da contabilidade? Tudo bem? Vamos lá, pessoal, para dar início a um tema que é bastante cobrado pelas bancas examinadoras. Sem brincadeira, constantemente as bancas cobram questões acerca dos sistemas de inventário, assunto que é muito bacana e que eu gosto muito. Tenho certeza que você vai se amarrar. Ouça aí, por meio dos sistemas de inventário, a gente consegue apurar o custo das mercadorias vendidas. Sabia? Logo logo você vai compreender isso de uma maneira mais clara. Fique tranquilo, vem comigo, gente. No âmbito dos sistemas de inventário, a gente vai estudar o inventário periódico e o inventário permanente. Ok, vamos começar. Então, pelo inventário periódico. Vamos nessa, galera! No inventário periódico, a empresa não faz o controle do estoque ao longo do exercício. O que acontece é um levantamento físico ao final de cada exercício, de modo que o custo das mercadorias vendidas é apurado a partir disso. Antigamente, era muito comum as empresas, no final do ano, colocarem aquele aviso de "fechado para balanço". Você já deve ter visto isso, a fim de realizarem a contagem de estoque e apurarem o custo das mercadorias vendidas, não é mesmo? Antes de eu falar para vocês como que calculamos o tal do custo das mercadorias vendidas, o chamado CMV, né? Preciso falar um pouco sobre como que funciona o CMV no que diz respeito à apuração do resultado. Lembra que falamos em módulos anteriores que existem contas de resultado e contas patrimoniais? Nós já ouvimos isso? Pois é. Existe uma demonstração contábil sobre a qual falaremos mais para frente no curso, chamada de Demonstração do Resultado do Exercício ou DRE. É na DRE que confrontamos receitas e despesas e apuramos o lucro ou o prejuízo do exercício. Guarda isso: o que o custo das mercadorias vendidas, professor, ou o tal CMV, tem a ver com essa tal de DRE? Bom, o CMV entra na DRE reduzindo o valor da receita líquida. Ah, isso aí, presta atenção. Então a gente pode encontrar o lucro bruto da empresa pegando a receita líquida e subtraindo o CMV, ou seja, turma, receita líquida menos CMV é igual ao lucro bruto. Agora, só um detalhe: nas indústrias, costumamos chamar o CMV de CPV, ou seja, Custo do Produto Vendido. Ok? Então, questões que tratam desse assunto podem tanto utilizar a nomenclatura Custo do Produto Vendido, o nosso CPV, quanto Custo da Mercadoria Vendida, o nosso CMV. Mas fique tranquilo, pois basicamente a ideia é a mesma, certo? Vamos lá, vamos avançar e aprender como apurar esse CMV. Então, essa é a dúvida. É exatamente isso que iremos fazer agora, utilizando o chamado inventário periódico. É agora que o inventário periódico entra. Então, bora lá! A fórmula do CMV é a seguinte: estoque inicial mais as compras do período, menos o estoque final. Vamos repetir essa fórmula aí, todo mundo comigo: "O CMV é igual ao estoque inicial mais compras, menos o estoque final". Gente, nesse sistema de inventário periódico, a gente só vai saber o valor do estoque final quando realizarmos a contagem física no final do exercício. Tudo bem assim? Apenas no final do exercício saberemos o valor do nosso custo das mercadorias vendidas. O CMV deu pra entender legal, né? Então, galera, agora acelera e vem comigo para o próximo áudio. Vamos nessa!

04 - Sistemas de Inventário – Parte 1

Contabilidade Geral Em Áudio: Sistemas de Inventário Parte Dois Muito bem, turma. Já chegamos em mais um áudio, então já falamos do inventário periódico. Agora vamos falar do inventário permanente, tudo bem com você, né? Preparado? Vamos nessa no inventário permanente. Turma, em cada uma das vendas que eu realizo, eu consigo saber qual foi o custo das mercadorias vendidas. Sabia? Então, o nome Inventário permanente é justamente por estarmos de modo permanente, de modo contínuo, realizando o controle do estoque e calculando o que é muito importante, o custo de mercadoria vendida. Assim, não calculamos o CMV só no final do exercício, como no caso do inventário periódico, entende? Tranquilo até aqui, né? É importante que você saiba, porém, que no âmbito do sistema de inventário permanente, a gente possui alguns métodos de avaliação de estoque. Os métodos que iremos estudar daqui a pouco são três: um, primeiro a entrar e primeiro a sair, chamado de PEP; dois, último a entrar e o primeiro a sair, chamado de UEPS; e, por fim, três, média ponderada. Então, nós temos o PEP, que é primeiro a entrar e o primeiro a sair. Temos a UEPS, que é o último a entrar e primeiro a sair. E média ponderada. Então, segura aí, daqui a pouco a gente vai falar sobre cada um deles. Beleza, fica tranquilo, mas antes disso preciso mostrar para vocês como funciona o lançamento contábil no caso da venda de mercadorias. Vamos lá, de forma simplificada. Tá, galera. Quando vendemos uma mercadoria, teremos duas etapas, digamos assim. Primeiramente, a gente precisa registrar a receita de venda e o valor recebido, ou caso seja um valor a receber no futuro, teremos uma receita de vendas e uma conta de clientes ou duplicatas a receber. Mas vamos ver isso na prática, para você entender melhor. Bom, se recebermos o dinheiro da venda da mercadoria à vista, iremos debitar a conta caixa e creditar a conta de receita de vendas. Repare só, receita de vendas é uma conta de resultado, okay? E se for uma venda a prazo, professor, vamos nessa, iremos debitar a conta clientes e creditar, de forma semelhante ao exemplo anterior, a conta receita de vendas. Tudo certo até aqui, né? Agora a gente precisa fazer o lançamento relacionado à baixa do item que nós vendemos. Pensa aqui comigo. A gente vendeu uma mercadoria, certo? Essa mercadoria estava registrada no nosso estoque, não é? Então, teremos que dar baixa nessa mercadoria por meio de um crédito na conta estoque, claro. Mas e no lado do débito, professor, o que iremos ter? Bom, aí teremos o tal do custo de mercadoria vendida, o famoso CMV. Então, turma, iremos debitar CMV e creditar estoque. Fácil assim, isso mesmo, débito na conta CMV e crédito em estoque. Falamos anteriormente que o CMV fará parte da nossa apuração do resultado, conseguiu lembrar? Aí a gente viu que, no âmbito da demonstração do resultado do exercício, a gente deduz o CMV da receita líquida e chega no lucro bruto. Mas o que esses lançamentos têm a ver com o que estávamos falando antes, ou seja, o que eles têm a ver com os métodos PEP, UEPS e média? Ah, galera, aí que está o ponto, pessoal. É justamente por meio desses métodos que a gente vai conseguir apurar o CMV, entende? Portanto, preciso falar um pouco acerca disso com vocês. Mas antes, quero apenas complementar o raciocínio sobre o lançamento contábil relacionado às vendas de mercadorias. Caso na nossa venda de mercadoria haja incidência de ICMS, teremos também que registrar isso na contabilidade, tá legal? Teremos um débito na conta de resultado chamada ICMS sobre venda e um crédito na ICMS a recolher, que é uma conta do passivo. Então, recapitulando, volta lá no lançamento contábil de uma venda à vista. A gente tem débito na conta caixa e crédito na conta de receitas de venda. Além disso, temos um débito na conta CMV e um crédito na conta de estoque, uma vez que a mercadoria está saindo do estoque. Por fim, temos a incidência de ICMS. Teremos um débito, então, na conta de ICMS sobre vendas, que é uma conta de resultado, e um crédito na conta ICMS a recolher, que figura no passivo. Ah, só uma coisa, fique tranquilo que as questões geralmente trazem informações sobre o que querem que você considere nos lançamentos contábeis. Caso a banca queira que você considere a incidência de ICMS, por exemplo, ela irá te falar isso na questão e te mostrar a alíquota a ser utilizada. Show de bola. Então, agora sim, vamos falar dos métodos PEP, não é refrigerante, não, PEP, UEPS e média ponderada. Tá preparado? Então, vem comigo para o próximo áudio. Tô te esperando.

05 - Sistemas de Inventário – Parte 2

Contabilidade Geral, em Áudio: Introdução aos Métodos de Avaliação E aí, gente amiga? Neste áudio, eu vou contextualizar um problema relacionado à avaliação de estoques. Utilizarei um exemplo para facilitar a sua compreensão. Beleza, você vai aprender essa matéria muito fácil. Vai ser música para os seus ouvidos. Então, falando de música, imagine que temos uma loja de instrumentos musicais, galera legal, na qual vendemos violões. Isso, violões para simplificar. Imagine que a gente venda apenas um tipo de violão. Okay, imagina aí só um tipo? Seria um violão para iniciantes? Tá legal. Então, a gente compra esse modelo de violão e depois o revende. O problema começa a aparecer quando existem variações no preço dos violões adquiridos entre as compras realizadas pela nossa empresa. Ou seja, imagine que façamos compras mensalmente. Tá agora? Imagine que, no primeiro mês, compramos dez violões por cem reais cada um. Já no segundo mês, houve um aumento significativo, de modo que o violão passou a custar cento e cinquenta reais e, por causa disso, acabamos adquirindo apenas cinco. Vamos lá, temos uma situação em que foram comprados ao todo quinze violões. Não é mesmo? Mas os preços de aquisição foram distintos. Não é? Acho que você ainda não conseguiu entender o porquê dessa situação ser um problema. Então, eu vou te explicar. Imagine que no primeiro mês, no qual foram comprados dez violões por cem reais cada, a gente não tenha conseguido vender nenhum deles. Hum. Já no segundo mês, no qual foram comprados mais cinco violões por cento e cinquenta reais cada, houve uma demanda por dez violões. Então, a gente vendeu esses dez violões. No segundo mês, tínhamos em estoque dez violões ao custo de cem reais e cinco violões ao custo de cento e cinquenta reais. Mas aí entra um problema. Foram vendidos apenas dez desse total de quinze que tínhamos no estoque, pega a visão. Aí, não, não. Melhor pega a audição. Beleza, então escuta só, gente. O lance é que no nosso estoque tínhamos violões que custaram cem reais e outros que custaram cento e cinquenta. E aí, como eu faço para saber o custo desses dez violões que a gente vendeu? Vem comigo. Eu poderia, por exemplo, considerar o preço do estoque por ordem de antiguidade. Aí, como os dez violões que custaram cem reais chegaram primeiro, eu consideraria este o custo para fins do lançamento da venda dos dez violões. Dessa maneira, o custo de cada violão seria de cem reais. Oh, eu poderia utilizar a lógica inversa também, não é verdade? De modo a utilizar os preços mais recentes? Assim, no que tange aos dez violões vendidos, poderíamos pensar assim. Oh, teríamos cinco violões que custaram cento e cinquenta reais cada. E, para completar os dez violões, eu precisaria utilizar também cinco violões que custaram cem reais cada. Okay? Assim, no que tange ao custo da mercadoria vendida, eu teria cinco violões com o custo de cento e cinquenta reais cada, e outros cinco violões com o custo de cem reais cada. Bom, então recapitulando. A primeira ideia foi utilizar primeiramente o preço dos estoques mais antigos, e a segunda foi utilizar primeiramente o preço dos estoques mais recentes. Entretanto, gente, ainda iremos abordar a terceira opção, que é trabalharmos com o valor médio. No caso do valor médio, pensemos o seguinte. Temos no estoque dez violões que custaram cem reais. Assim, multiplicando cem reais por dez, tem-se o valor de mil reais. Também temos outros cinco violões, que custaram cento e cinquenta reais cada. Se multiplicarmos esses cento e cinquenta por cinco, teremos o total de setecentos e cinquenta reais. Para acharmos o valor médio, iremos então somar os mil reais referentes ao estoque de dez violões, com os setecentos e cinquenta reais referentes aos outros cinco violões. Assim, teremos um valor total de mil setecentos e cinquenta reais. Agora, precisamos dividir esse valor total pela quantidade de violões que possuímos, que é quinze. Então, chegaremos no valor médio de aproximadamente cento e dezesseis reais e sessenta e sete centavos. Assim, por meio da média ponderada, esse seria o custo de cada violão. Bom, esse áudio foi só para dar uma noção geral e introduzir o assunto nos próximos. Irei trabalhar com mais detalhes sobre cada um desses três métodos. Então, se liga aí e vai correndo para o próximo áudio que tá chegando aí. Sabe o que o método Paps corre lá?

06 - Introdução aos Métodos de Avaliação

Contabilidade Geral em Áudio: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair! E aí, galera? Tudo bem! Vamos firme com a contabilidade. Neste áudio, iremos falar do método chamado PEP. Isso que é a sigla. PEP é a sigla para primeiro a entrar, primeiro a sair, ok? Vou voltar aos exemplos práticos para te explicar melhor esse método. Tá legal, no áudio passado, eu lembro que eu falei dos violões que compramos para revender, não é verdade? Aí nos deparamos com uma situação em que tínhamos estoques de violões mais recentes e mais antigos. E o pior, o preço era diferente. Ou seja, havia dez violões que foram adquiridos por cem reais cada e outros cinco violões que foram adquiridos por cento e cinquenta reais cada. Então veio a demanda para vendermos dez violões. Aí a dúvida apareceu, né? Turma! No que tange a venda dos violões, qual o valor de custo iremos considerar? Iremos considerar primeiro o preço dos estoques mais recentes ou dos mais antigos. Bom, nesse sentido, o próprio nome do método é bem sugestivo, né? Preste atenção: primeiro a entrar, primeiro a sair, também conhecido como PEP. Ou seja, se o primeiro a entrar será o primeiro a sair. Temos que priorizar o preço dos estoques mais antigos, ou seja, aqueles que foram adquiridos primeiro. Repare uma coisa que vou falar agora pra você: é importante em ativar aquele modo turbo de concentração neste momento. Vamos lá, se estamos em uma situação de inflação elevada, então, em cada compra que eu fizer, acabarei pagando mais caro pelo mesmo produto, concorda? Vamos pensar nessa situação dos violões que utilizamos anteriormente. Digamos que nós efetuamos durante um semestre seis compras de dez violões. Ou seja, para ficar mais fácil, imagine que compramos dez violões por mês, pronto. Por conta da inflação, cada mês que se passava, a gente pagava mais caro por esses violões. Assim, vamos pensar na seguinte situação: no primeiro mês, cada violão custou cem reais. No segundo mês, cento e dez; no terceiro, cento e vinte; no quarto mês, cento e quarenta; no quinto mês, cento e cinquenta reais; no sexto mês, pessoal. Aí digamos que só começamos a vender os violões após todas essas compras. Okay? Agora, pense também que depois dessas compras, nós só vendemos inicialmente vinte violões. Aí é que tá, presta atenção. Você concorda comigo que caso eu considere o preço dos estoques mais antigos para apurar o custo desses vinte violões, aí que eu falei, eu teria um custo de produção menor do que se eu utilizar os preços dos estoques mais recentes. Não é? Ou seja, pessoal, nesse cenário de inflação, onde os preços estão aumentando de um mês para o outro, os estoques que comprei primeiro eram mais baratos. Logo, se adotarmos o método PEP, utilizando primeiramente o preço dos estoques mais antigos, o custo dos produtos será menor do que se eu utilizasse na produção o preço dos estoques mais recentes. Agora, vamos pensar no impacto disso no resultado da companhia. Pode ser que, se meu custo é menor ao utilizar o método PEP em um cenário em que os preços vão aumentando ao longo dos meses, o meu impacto no resultado também será menor. Sabe o quê? Quando vendemos um produto, o custo dele transitará no resultado por meio da conta Custo da Mercadoria Vendida, também conhecido como CMV. Assim, se o custo de tal produto foi menor em razão de termos utilizado o método PEP, ao vendermos tal produto, haverá um impacto negativo no resultado menor do que se tivéssemos utilizado outro método, entende? Ou seja, como o impacto negativo é menor, teremos um resultado maior? Bom, isso é um cenário de inflação, tá pessoal, em que o preço da matéria prima foi aumentado entre as compras que fizemos, ok? Mais para frente, falaremos também sobre cenários de deflação e cenários onde não há variação alguma nos preços. Tranquilo até aqui, né? Agora que já estudamos acerca do PEP, iremos também aprender sobre os outros métodos. Então, se liga e vai já para o próximo áudio. Tchau, tchau.

07 - Primeiro a Entrar Primeiro a Sair

Contabilidade Geral Em Áudio: Último a entrar, Primeiro a sair Fala, minha galerinha estudiosa! Agora a gente vai abordar outro método pessoal, o famoso EPs, sigla que significa "último a entrar, primeiro a sair". Isso, gente, oh! O nome também é sugestivo. Repare, se eu digo que é último a entrar, primeiro a sair. Isso significa que consideraremos, para fins de apuração de custo, o preço dos estoques mais recentes, os quais foram os últimos a entrar, percebeu? E muito bem. Desse modo, a lógica desse método WPS é basicamente o contrário do método que aprendemos anteriormente, né, o PEP. Isso porque, no WPS, consideraremos primeiramente o preço dos estoques mais recentes. Já no PEP, a gente considera primeiramente o preço dos estoques mais antigos. Vou utilizar exatamente o mesmo exemplo do áudio passado para que você compreenda melhor a diferença entre os dois métodos. Tá? Então, vamos lá. Imagine aí que a gente efetuou durante um semestre, seis meses, né? Seis compras de dez violões nesse sentido. Para facilitar, considere que compramos dez violões por mês. Tá, vamos dar sessenta violões aí. Por conta da inflação, os violões foram ficando mais caros ao longo dos meses. Portanto, no primeiro mês, cada violão custou cem reais. No segundo mês, cento e dez reais; no terceiro, cento e vinte; no quarto, cento e trinta; no quinto, cento e quarenta; e no sexto mês, cento e cinquenta reais. Bom, nesse nosso exemplo, nós só começamos a vender os violões após todas essas compras. Okay? Isso agora. Pense também que, depois dessas compras, nós vendemos inicialmente vinte violões. Se utilizarmos o método UPPs, quando efetuarmos uma venda, o preço dos violões mais recentes será utilizado para fins de apuração do custo das mercadorias vendidas. Não é verdade? Então, utilizando esse exemplo que acabei de falar, na venda dos vinte violões, utilizarmos como custo o preço dos violões adquiridos no sexto e no quinto mês, por serem os mais recentes, entendeu? Assim teríamos dez violões que custaram cento e cinquenta reais, totalizando mil e quinhentos reais, e ainda dez violões que custaram cento e quarenta reais, totalizando mil e quatrocentos reais. Assim, somando tudo, temos que, no método UPPs, o custo referente aos vinte violões totalizou dois mil e novecentos reais. O custo referente no método UPPs. Desse modo, gente, na venda desses vinte violões, os dois mil e novecentos reais entrarão afetando negativamente o nosso resultado do período, figurando como o custo da mercadoria vendida, o famoso CMV, tá, professor! Mas e se utilizarmos o método PEP que aprendemos no áudio passado? Bom, turma, aí no método PEP, o preço dos violões a serem utilizados na apuração do custo serão os mais antigos. Percebeu? Assim, a gente vai considerar o preço dos violões comprados no primeiro e no segundo mês. Em termos de cálculo, teremos dez violões adquiridos por cem reais, totalizando mil dez violões vezes cem, mil reais, e mais dez violões adquiridos por cento e dez reais, que foi no segundo mês, totalizando mil cem reais. Desse modo, se somarmos os valores, veremos que, no método PEP, o custo referente aos vinte violões foi de dois mil cem reais. De forma semelhante, quando vendermos os vinte violões fabricados, esses dois mil e cem reais são lançados como o custo da mercadoria vendida, afetando negativamente o resultado do período. Dado esse ambiente inflacionário, em que o preço dos violões foi aumentando mês a mês, foi possível verificar, turma, que o método PEP resultou em um custo menor que o método EPs. Isso porque os violões que compramos nos meses iniciais eram mais baratos e, nesse sentido, como o método PEP considera primeiramente o preço dos estoques mais antigos, teremos, no primeiro momento, um custo menor ao compararmos com o método EPs. Assim, turma, na venda desses vinte violões, o custo da mercadoria vendida apurado pelo método PEP será menor que o custo da mercadoria vendida apurado pelo método estEPs. Ou seja, no exemplo que dei, fica evidente que o método PEP gerou um impacto negativo menor no resultado que o método EPs. Vamos aprofundar um pouco mais esse pensamento. Se, nesse exemplo de ambiente inflacionário, o método PEP gerou um impacto negativo menor no resultado, tal método, consequentemente, fará com que o resultado ou o lucro da nossa empresa seja maior. Como assim, professor? Como assim? Então, vamos lá. Vou te explicar. O custo da mercadoria vendida afeta negativamente o nosso resultado, não é verdade? Portanto, se o custo da mercadoria vendida for menor, o resultado será maior. Assim, no exemplo dado, mantendo-se tudo constante, o método PEP proporcionaria um lucro maior para a empresa se comparado com o método UEP. De maneira análoga, podemos dizer que, nesse exemplo de ambiente inflacionário, o método EPs geraria um lucro menor para a empresa se comparado com o método PEP. Viu como é tranquilo, né? Eu precisava fazer um alerta aqui, tá, anota aí. A legislação fiscal brasileira não permite a utilização do método EPs. Novamente, a legislação fiscal brasileira não permite a utilização do método EPs. Qual a razão disso, professor? Bom, o professor Eliseu Martins afirma que, provavelmente, em razão do método EPs tender a gerar um lucro contábil menor, é que a legislação fiscal proíbe a sua utilização. Vamos pensar, aluno e aluna. Se o lucro contábil é menor, o valor do Imposto de Renda também será menor. E acho que é isso que o professor Eliseu quis dizer acerca da proibição por parte da legislação fiscal. Ah, entendeu, né, gente? Por enquanto, é só. Tá? É isso aí, pessoal. Nos falamos no próximo áudio, tá? Te espero lá.

08 - Último a Entrar Primeiro a Sair

Contabilidade Geral: Média Ponderada Fala, minha turma animada, sempre com aquele sorriso no rosto. Muito bom ter vocês por aqui, pessoal. Até agora, a gente abordou dois métodos, né? O primeiro, o Peps, considera para a apuração do custo do produto o preço dos estoques mais antigos. O segundo, o Ueps, considera o preço dos estoques mais recentes. Podemos dizer que no meio disso tudo temos a média ponderada. Isso é conhecido também como média ponderada móvel. Esse método, como o nome sugere, considera, para a apuração das mercadorias, o preço médio das mesmas. Então, pensando em um ambiente inflacionário, por exemplo, o custo apurado por meio da média estaria entre o custo apurado pelos métodos Peps e Ueps. É a média disso tudo aí. Mas vamos para um exemplo prático, a fim de que você entenda melhor isso. Pense no mesmo exemplo utilizado nos áudios anteriores, no qual fizemos compras mensais de dez violões, de modo que, no primeiro mês, cada violão custou cem reais. No segundo, cem dez, cento e vinte; no terceiro, cem treze; no quarto, cem quatorze; no quinto, cem quinze. Ainda imagine as vendas dos violões ocorrerem apenas após a realização de todas as compras. Nesse contexto, para utilizarmos a média ponderada, iremos calcular o valor total dos estoques e, posteriormente, dividiremos pela quantidade de violões que possuímos. Para apurarmos o valor total, devemos considerar o seguinte, confere comigo: dez violões por cem reais, totalizando mil reais; outros dez violões por cento e dez reais, totalizando mil e cem reais; mais dez violões por cento e vinte, o que dá mil e duzentos reais; mais dez violões comprados a cem treze, totalizando mil e trezentos reais; outros dez violões por cento quatorze, o que dá mil quatrocentos reais; e por último, dez violões a cem quinze, o que nos dá mil e quinhentos reais. Assim, somamos mil mais mil e cem, mais mil e duzentos, mais mil e trezentos, mais mil e quatrocentos, mais mil e quinhentos e obtemos um total de sete mil e quinhentos reais. Okay! Bom, esse é o valor total do estoque de violões, certo? Agora, basta dividirmos tal valor pela quantidade de violões que nós temos, que são dezesseis, concorda? Foram dez a cada mês durante seis meses, então sessenta violões. Assim, dividindo sete mil e quinhentos reais por sessenta violões, temos o valor médio de cento e vinte e cinco reais. Se vendermos agora vinte violões, esses cento e vinte e cinco serão, portanto, considerados na apuração do custo dos vinte violões. Então, galera, assim, se utilizarmos a média ponderada, o nosso custo dos vinte violões será calculado multiplicando-se vinte vezes cento e vinte e cinco, que foi a média que achamos aí, o que totaliza dois mil e quinhentos reais. Agora, não sei se você se lembra, mas no áudio anterior, apuramos o mesmo custo dos vinte violões por meio dos métodos Peps e Ueps, tá lembrado? No método Peps, o custo foi de dois mil e cem reais e no Ueps, de dois mil e novecentos. Tá vendo que os dois mil e quinhentos reais apurados por meio da média ponderada representam um valor de custo entre o Peps e o Ueps? Então vamos lá, recapitulando um ponto importante. Como vimos, o método Ueps não é permitido pela legislação fiscal, frisamos bem isso aí. Repare que, no nosso exemplo, ele resultou no maior custo e, consequentemente, no menor lucro. Nesse contexto, a média ponderada resultou em um custo superior ao do método Peps. Se o custo é maior, o lucro é menor, concorda? Pois bem, esse é um dos motivos que fazem muitas empresas utilizarem a média em vez do método Peps. Via de regra, no primeiro momento, a utilização da média gera um lucro menor, o que faz a empresa pagar menos imposto. Antes de terminarmos esse áudio acerca da média ponderada, queria ressaltar que, no nosso exemplo, calculamos a média apenas após todas as compras terem sido realizadas. A venda de violões só ocorreu depois que todas as compras foram realizadas. Portanto, isso permitiu a gente calcular a média apenas ao término de todas as compras. No entanto, se liga, tá? Na maioria das vezes, as questões de prova colocarão situações envolvendo diversas compras e vendas de bens intercaladas. Assim, a cada nova compra realizada, deve-se calcular novamente o valor médio das unidades do estoque. Ok, galera, falamos de exemplos envolvendo apenas o ambiente inflacionário, não é mesmo? Mas agora queria abordar também outros ambientes e recapitular o que falamos sobre ambiente inflacionário. Pode ser em um ambiente inflacionário, ou seja, em que, à medida que o tempo vai passando, o preço das mercadorias que adquirimos vai aumentando entre uma compra e outra. Nós temos a seguinte situação: o custo variável (CV) apurado pelo Ueps será o maior entre os três métodos. Depois, teremos o CV apurado pela média e, por fim, o CMV apurado pelo Peps. Consequentemente, turma, o lucro apurado pelo Peps será o maior entre os três métodos. No cenário em que tivermos ambiente inflacionário, tá legal? Depois, teremos o lucro apurado pela média e, por fim, o lucro apurado pelo método Ueps. Agora, vamos falar em um ambiente deflacionário, ou seja, em que os preços estão diminuindo. Lembre-se, agora estamos falando de um ambiente deflacionário. Nesse caso, o CV apurado pelo Peps será o maior. Posteriormente, teremos o CMV apurado pela média e, por fim, o maior CMV será aquele apurado pelo método Ueps. Diante disso, o lucro apurado pelo Ueps será o maior, seguido pelo lucro apurado pela média. E, por fim, temos o lucro apurado pelo Peps, que, nesse ambiente deflacionário, é o menor lucro entre os três métodos. Tranquilo! Todavia, o que acontece se não houver variação dos preços ao longo do tempo, hein? Será que existirá a diferença de CV e lucro entre os três métodos? A resposta, turma, é não, não mesmo. E veremos isso com mais calma no áudio seguinte, quando formos resolver um exercício acerca desse assunto, tá legal? Prometo, muito bem! Te aguardo no próximo áudio.

09 - Média Ponderada

Contabilidade Geral, em Áudio: Exercícios de Fixação sobre Sistemas de Inventários E aí, como é que você tá? Tudo bem? Turma? Vamos firme! Agora é a hora dos exercícios de fixação, né? Bora fazer duas questõezinhas para treinarmos um pouco! A primeira delas, turma, é do CESPE (antigo CESFOX/EPSME), referente ao concurso do Ministério do Trabalho e Emprego. Diz o seguinte: "O custo do produto vendido, apurado pelo método da média ponderada móvel, será sempre um valor intermediário entre o custo apurado pelo método PEP (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) e o apurado pelo método UEPS (Último que Entra, Primeiro que Sai)". E aí, já sabe a resposta? Ah, então, galera, é necessário reforçar que o custo do produto vendido e o custo da mercadoria vendida são basicamente a mesma coisa, né? Todavia, geralmente utilizamos o nome "custo do produto vendido" quando estamos diante de uma indústria e o nome "custo da mercadoria vendida" quando se trata de uma empresa que revende mercadorias, entendem? Ok, dito isso, bola pra frente! A questão afirma que o custo do produto vendido, o famoso CPV, apurado pelo método da média ponderada, será sempre um valor intermediário que estará entre o CPV apurado pelo PEP e o CPV apurado pelo UEPS. A gente sabe que isso foi exatamente o que aconteceu no exemplo que utilizamos nos áudios passados, não é verdade? Mas será que podemos dizer que isso sempre irá ocorrer? Para responder essa questão, preciso te fazer pensar no seguinte: na situação que utilizamos nos áudios anteriores, os preços aumentavam de uma compra para outra, lembram? Ou seja, havia um cenário de inflação. É exatamente porque houve variação no preço dos estoques que obtivemos resultados diferentes para o PEP, o UEPS e a média ponderada. Quando não há uma variação de preços, a gente também não vai ter um resultado diferente no que tange à utilização dos três métodos. Querem ver? Pense novamente na compra de violões para revenda. Para facilitar, vamos dizer que compramos dez violões no primeiro mês, dez violões no segundo mês e dez violões no terceiro mês, sendo que em todas essas compras os violões custaram cem reais cada. Ou seja, não houve diferença no preço do violão entre uma compra e outra, pessoal. Ao final do terceiro mês, tivemos uma demanda para vendermos dez violões. Vamos apurar o custo pelos três métodos. Bom, no caso do PEP, utilizamos o preço dos estoques mais antigos, os quais custaram cem reais cada. Como são dez violões, multiplico cem por dez e obtém um total de mil reais, certo? Já no UEPS, utilizamos o preço dos estoques mais recentes, os quais também custaram cem reais cada. Assim, da mesma maneira, devo multiplicar cem por dez, e teremos igualmente um total de mil reais. No caso da média ponderada, vamos calcular a média após a realização das compras do estoque. Temos dez violões por cem reais em cada compra, ou seja, cada compra gerou um total de mil reais em estoque de violões. Como foram três compras, temos três mil reais, concordam? Para obtermos o valor médio, é só dividirmos os três mil reais pela quantidade total de violões, que é trinta. Assim, obteremos o valor médio de cem reais por violão. E como vendemos dez violões, basta multiplicarmos os cem reais que apuramos de valor médio pelos dez violões. Logo, teremos também o total de mil reais. Estão vendo? Nesse caso, em que não houve variação do preço de compra entre os períodos, o valor do CPV, apurado pelos métodos PEP, UEPS e média ponderada, foi exatamente o mesmo. Portanto, gabarito errado. Mais uma questãozinha, então. Pode ser essa do CESPE, referente ao concurso da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), e diz assim: "O registro contábil dos estoques de uma empresa, pelo método do PEP (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai), ocorre quando se utiliza o inventário permanente". Aí, turma, certo ou errado? Galera, é realmente no sistema de inventário permanente que a empresa controla seus estoques constantemente por meio dos métodos PEP, UEPS ou média ponderada. Assim, é possível saber o custo de cada uma das vendas sem a necessidade de esperar apenas o final do exercício para se calcular o CPV. Portanto, a questão está certa. Mais uma questão para fecharmos esse áudio. Pode ser essa do CESPE, referente ao concurso do MPU (Ministério Público da União), e afirma o seguinte: "Caso uma empresa compre para revender mercadorias cujos preços apresentem continuamente redução em seus valores de aquisição (deflação), o estoque desses itens, pelo critério UEPS, tenderá a apresentar saldos finais maiores". E aí, já sabe a resposta? Vem comigo, que vou te explicar a lógica dessa questão, galera! No método UEPS, os estoques mais recentes são os que são vendidos primeiro, não é? Daí, se temos um cenário de deflação, em que os preços estão caindo, podemos dizer que as mercadorias compradas por último serão as mais baratas, certo? Pois bem, agora pense comigo aqui. Se, no método UEPS, eu irei vender primeiramente as mercadorias que compramos por último, e essas mercadorias compradas por último são as mais baratas, restarão no nosso estoque as mercadorias mais caras, concordam? Já no método PEP, por sua vez, a gente vai vender primeiro os itens de estoque mais antigos. Em um cenário de deflação, venderemos primeiramente as mercadorias mais caras. Portanto, sobrará no nosso estoque as mercadorias mais baratas. Se utilizarmos a média ponderada, teremos um valor médio das nossas mercadorias que restaram no estoque, que ficaria entre o valor apurado pelo UEPS e pelo PEP. Assim, de fato, a afirmação que a questão traz está correta, pois ela diz que em um cenário de deflação, o estoque apurado pelo UEPS tenderá a apresentar saldos finais maiores. Como vimos, é exatamente isso, uma vez que, no cenário de deflação, as mercadorias que restarão no estoque, por meio da utilização do método UEPS, seriam as mais caras, e, portanto, teríamos um saldo maior de estoque final em comparação com o método PEP e com a média. Bora! Então, para o nosso resumão, decola comigo! Vamos firme até o próximo áudio!

10 - Exercícios de Fixação Sobre Sistemas de Inventário

Contabilidade Geral em Áudio: Resumão em Áudio sobre Estoque, Operações com Mercadorias, Sistemas de Inventário e Métodos de Avaliação de Estoques. Fala, galera agarrada nos estudos! E isso tem que ser assim, pois para vencer tem que ser assim. Bora para o nosso tradicional resumão, é o famoso resumão. Ele vai abordar os principais tópicos acerca do conteúdo que vimos neste módulo. Tá legal! Falamos neste módulo sobre estoques, operações com mercadorias, sistemas de inventário e métodos de avaliação. Importante ressaltar que a ideia é abordar de forma breve os principais pontos que foram tratados neste módulo. Como os módulos de contabilidade geral são muito extensos, nem sempre a gente consegue abordar tudo aqui no resumão, turma. Por isso, acho que seria legal você ouvir todos os áudios do módulo. Tá bom, e não apenas este resumo! Vamos lá, galera! Um recadinho rápido antes de começarmos: não me segue ainda no Instagram? Ah, não acredito! Então acessa lá. O meu perfil é arroba! Prof. Bruno Andrade. "Tá arroba, Prof. Bruno Andrade." Mas bora, logo ao que interessa, vem colar comigo! Começamos falando sobre estoques. Vimos que, conforme o CPC 16, os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido dos dois. O menor, lembra? Também vimos que o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Nesse sentido, nós verificamos que o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos, exceto os recuperáveis junto ao Fisco, bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Nós falamos um pouco sobre compras de mercadorias e constatamos que quando as questões de prova tratarem de tributos recuperáveis, como o IPI e o ICMS, tais tributos não integrarão o custo de aquisição dos estoques. Falamos também sobre os sistemas de inventário, não é mesmo? Vimos que no inventário periódico, a empresa não faz o controle do estoque ao longo do exercício. É um levantamento físico ao final de cada exercício, de modo que o chamado custo das mercadorias vendidas é apurado a partir disso. Nesse caso, para apurar o CMV, utilizamos a seguinte fórmula: CMV = estoque inicial + compras - estoque final. Nós também falamos sobre o inventário permanente, turma. Verificamos que o nome "inventário permanente" é justamente por estarmos de modo permanente, de modo contínuo, realizando o controle do estoque e calculando o custo de mercadoria vendida, e não só no final do exercício, como no caso do inventário periódico. Nós verificamos também que é justamente por meio dos métodos de avaliação de estoque que nós vamos conseguir apurar o CMV. No âmbito dos métodos de avaliação de estoque, falamos do PEP, que é a sigla de "primeiro a entrar, primeiro a sair". No caso do PEP, daremos prioridade para o preço dos estoques mais antigos, tipo aquela regra social: primeiro os mais velhos. Do outro lado, temos o EPs/Epps, que é a sigla para "último a entrar, primeiro a sair". Ou seja, nesse caso, a coisa muda muito, de modo que os preços dos estoques mais recentes são aqueles que utilizamos primeiro, ou seja, turma, aqui a prioridade é dos mais novinhos. Por fim, falamos da média ponderada. No caso da média, a cada compra, precisamos calcular o valor médio dos estoques. Guarda, isso! Nós vimos também que em um ambiente com inflação, onde a cada compra que eu faço eu pago mais caro pelo meu estoque, o método PEP resultará em um custo menor que a média e o método EPs resultará em um custo maior que os outros dois. Seguindo essa mesma lógica nesse ambiente inflacionário, nós podemos concluir então que o PEP produzirá o menor custo das mercadorias vendidas e, consequentemente, o maior resultado, ou o EPs, por sua vez, resultará no maior custo das mercadorias vendidas e no menor resultado. A média ponderada resultará em um custo do produto vendido intermediário, ou seja, entre os valores apurados pelo PEP e o EPs. Da mesma forma, o resultado do exercício apurado pela média ponderada também será um valor intermediário entre o PEP e o EPs. Nós verificamos também que no caso de ambientes com deflação, a lógica é inversa. Porém, é necessário lembrar que essas diferenças entre o CMV e o resultado apurado pelos três métodos não existirão sempre, pessoal. Ou seja, quando há um ambiente em que os preços não mudam e, portanto, os estoques que compramos em períodos distintos possuirão o mesmo valor, não teremos diferenças entre o CMV apurado pelos métodos PEP, EPs e média ponderada. Consequentemente, turma, também não haverá diferença entre o resultado do exercício apurado pelos três métodos. É necessário que a gente também relembre uma coisinha. O método UEP é proibido pela legislação fiscal brasileira. Por favor, guarde isso. Ou seja, segundo a legislação fiscal, as empresas não poderão utilizar o método UEP. Isso aí, você acabou de vencer mais um módulo! Parabéns! Agora eu fiquei muito orgulhoso de você. Continue firme no seu propósito, se dedicando de verdade, sabe, acreditando que vai conseguir a sua desejada aprovação? Porque você vai. Lembre-se que estou do lado de cá, torcendo por você. Um grande abraço, então, e fique com Deus até o próximo módulo!

11 - Resumão Sobre Estoques, Operações com Mercadorias, Sistemas de Inventário e Métodos de Avaliação de Estoques

Contabilidade GeralMÓDULO 05Estoques e Métodos de AvaliaçãoBruno Andrade

Bruno Andrade